O PIB do Brasil, divulgado nesta quinta-feira (1), pelo IBGE, apresentou elevação de 1,9% no primeiro trimestre do ano, ante variação negativa de -0,1% no quarto trimestre de 2022. O resultado veio acima do consenso Refinitiv, que projetava alta de 1,3% para o período. Frente ao primeiro trimestre de 2022, a alta foi de 4,0%. Já no acumulado de quatro trimestres, a expansão foi de 3,3%. O resultado positivo foi impulsionado principalmente pela forte alta do setor Agropecuário, que cresceu 21,6%, bem como pelo crescimento do setor de Serviços, que cresceu 0,6%, enquanto a Indústria apresentou retração de -0,1%.
Pela ótica da despesa, Consumo das Família cresceu 0,2%, Consumo do Governo cresceu 0,3%, Formação Bruta de Capital Fixo reduziu 3,4% e em relação ao setor externo, houve redução das exportações e importações, com 0,4% e 7,1%, respectivamente.
Apesar do resultado acima do esperado, a política monetária contracionista, que continua sendo adotada pelo Banco Central no intuito de manter a inflação próxima à meta, tende a frear a atividade econômica nos trimestres posteriores. Alinhado a isto, destacamos que o crescimento veio em grande parte do setor agropecuário, que converteu uma retração de 0,9% no quarto trimestre de 2022 para uma alta de 21,6% no primeiro trimestre de 2023, muito em função de safras concentradas no primeiro trimestre.