Boletim Econômico – 28.07.23

Internacional:

PMI de serviços da zona do euro tem queda em junho – O índice de gerentes de compras do setor de serviços (PMI) da zona do euro apresentou retração de 52,0 para 51,1 na transição de junho para julho. Com o resultado, o índice composto, que inclui o setor industrial e o de serviços teve queda de 49,9 para 48,9 no mesmo período. Isoladamente, o PMI industrial também encolheu de 43,4 para 42,7.

BCE eleva taxa de juros – Em decisão divulgada nesta quinta-feira (27), o Banco Central Europeu (BCE) elevou em 25 pontos-base a sua taxa de juros. Com o aumento, a principal taxa (taxa de refinanciamento) passou de 4,0% para 4,25%. Adicionalmente, houve o aumento das taxas de depósitos e da taxa de empréstimos marginais para 3,75% e 4,50%, respectivamente. Em comunicado divulgado após a reunião, a entidade monetária justificou a decisão a partir das expectativas de inflação vigentes. “Os desenvolvimentos desde a última reunião sustentam a expectativa de que a inflação cairá ainda mais no restante do ano, mas permanecerá acima da meta por um período prolongado”, afirmou o BCE.

PMI composto dos EUA sofre retração em julho – Com patamar mais fraco desde fevereiro, o PMI composto dos Estados Unidos apresentou recuo de 53,2 em junho para 52,0 em julho. No dado isolado, o PMI de serviços recuou de 54,4 para 52,4 no mês, enquanto o PMI industrial registrou alta para 49,0 em julho, ante 46,3 em junho.

Fed retoma ciclo de aperto monetário – Por decisão unânime, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve elevou em 0,25 ponto percentual a taxa de juros dos EUA, que passará a oscilar entre a 5,25% e 5,50% ao ano. No comunicado que acompanhou a decisão, a autoridade monetária enfatizou que a inflação do país continua elevada e não negligencia promover novos aumentos nas próximas reuniões. “O Fomc vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, diz o texto.

Estimativas indicam avanço do PIB dos EUA no segundo trimestre – De acordo com a primeira estimativa divulgada pelo Departamento de Comércio norte americano, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,4% no segundo trimestre de 2023. O dado veio acima da previsão do consenso Refinitiv, que previa elevação de 1,8% no indicador. O aumento do PIB do período pode ser atribuído aos aumentos em gastos do consumidor, o investimento fixo não residencial, os gastos dos governos estaduais e locais e o investimento em estoques privados e gastos do governo federal.

Núcleo da inflação do consumo (PCE) dos EUA tem alta – Com resultado em linha ao esperado pelo mercado, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos registrou elevação de 0,2% em junho ante maio e de 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A métrica exclui de seu cálculo os preços de produtos e serviços mais voláteis, como alimentos e energia. No indicador geral, a inflação foi de 0,2% na referência mensal e de 3,0% na anual.

Ações de importante incorporadora chinesa apresentam queda considerável – Após serem rebaixadas pelas JP Morgan, as ações da Country Garden, a maior incorporadora privada da China, sofreram queda de 9% em seus valores. Adicionalmente, a Country Garden Services, empresa do mesmo grupo, também sofreu uma perda de aproximadamente 18% no valor de suas ações. Apesar de ser uma companhia consolidada no setor, a Country Garden já tinha enfrentado uma queda de mais de 60% no valor das ações em 2022 e já perdeu neste ano cerca de metade de seu valor no mercado imobiliário chinês.

Nacional:

IPCA-15 mostra deflação em julho – O IPCA-15 de julho apresentou deflação de 0,07%, apontando variação negativa, o que não ocorria desde setembro de 2022. A retração do índice veio mais acentuada que a expectativa de mercado, que projetava queda de 0,01%. O índice acumula alta de 3,09% no ano e 3,19% em doze meses. O grupo que mais impactou a métrica mensal foi o de habitação, com a redução dos preços da energia elétrica residencial provocada pela implementação do Bônus de Itaipu, que será creditado nas faturas de julho.

Arrecadação federal cai em junho – Com somatório de R$ 180,475 bilhões em junho, a arrecadação de impostos e contribuições federais registrou queda real de 3,37% na comparação com os resultados de junho do ano passado, cujo valor havia atingido R$ 181,040 bilhões. Apesar disso, o montante veio acima das projeções coletadas pelo Broadcast, que apontavam para a mediana de R$ 179,450 bilhões. No acumulado de janeiro a julho de 2023, a arrecadação federal atingiu o valor de R$ 1,142 trilhão. Mesmo com resultado reduzido no mês, o primeiro semestre do ano aponta para um recorde de volume arrecadatório, desde a série histórica iniciada em 1995, com os valores corrigidos pelo IPCA.

IGP-M aponta nova deflação em julho – Com nova deflação em julho, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,72%, ante retração de 1,93% no mês de junho. Com o resultado, o indicador acumula queda de 5,15% no ano e retração de 7,72% em 12 meses. O dado mensal veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam um desempenho negativo de 0,71% na métrica. Dentre os subíndices que constituem o IGP-M, para julho o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,05%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou +0,11% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,06%.

Taxa média de desemprego recua no país – No trimestre encerrado em junho, a taxa média de desemprego do Brasil apresentou novo recuo, atingindo o patamar de 8,0%, 0,8 ponto percentual abaixo do valor observado no trimestre de janeiro a março. No comparativo com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), o índice teve queda de 1,3 p.p. Em número de pessoas, no segundo trimestre deste ano existiam cerca de 8,6 milhões de pessoas desocupadas no país, uma diminuição de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% na comparação com o mesmo período de 2022. Com relação ao número de pessoas ocupadas, o montante foi de 98,9 milhões, alta de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual.

Fitch eleva o rating soberano do Brasil – A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating soberano do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. A decisão foi fundamentada com base na melhora do desempenho macroeconômico e fiscal em meio aos acontecimentos dos últimos anos, associados a vigência de políticas positivas e reformas, além da perspectiva da instituição na continuidade do governo em melhorias internas no país. A Fitch projeta crescimento do PIB real em 2,3% em 2023 e a condução para um crescimento estrutural de 2,0% ao ano no período de médio prazo.

Risco-país do Brasil atinge menor patamar em dois anos – Como reflexo da melhora na nota de Rating do Brasil, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, considerado o termômetro de risco-país, atingiu nesta quarta-feira (26), o patamar de 167 pontos. O resultado representa o menor valor atingido desde junho de 2021, quando o CDS do Brasil chegou a 162 pontos. Anteriormente a decisão da Fitch, a agência S&P havia melhorado a perspectiva para o rating BB- do Brasil, de estável para positiva, em junho.

Santander Brasil tem queda no lucro gerencial recorrente – Com lucro líquido recorrente de R$ 2,309 bilhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), o Santander reportou queda de 45% nos resultados na comparação com o mesmo período do ano passado. No mesmo período, o lucro líquido gerencial da instituição financeira atingiu R$ 2,259 bilhões no 2T23, 45,6% menor do que o do mesmo período de 2022. Além disso, o retorno gerencial sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 11,24% no 2T23, redução de -961 pontos-base na comparação com um ano antes.

Data Referência (21/07/2023 a 26/07/2023)
CDI: 0,20%
Dólar: -1,09%
Ibovespa: 3,79%
IDkA IPCA 2A: 0,58%
IMA-B: 0,67%
IMA-B 5: 0,55%
IMA-B 5+: 0,77%
IMA Geral Ex-C: 0,44%
IRF-M: 0,55%
IRF-M 1: 0,28%
IRF-M 1+: 0,68%
S&P 500: 0,70%
IPCA + 4,90%: 0,12%

 

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