Boletim Econômico – 28.06.24

INTERNACIONAL:

Núcleo da inflação do consumo (PCE) nos EUA desacelera para 0,1% em maio – Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) desacelerou para 0,1% em maio, pós 0,3% em abril. Na leitura anual, o indicador teve alta de 2,6%, após avançar 2,8% em abril. O núcleo do PCE, que exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis, é considerado uma importante medida de inflação por ser a mais avaliada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) para a tomada de decisões de política monetária. O índice cheio, por sua vez, veio em linha com o estimado pelos analistas, ficando estável (0,0%) na comparação mensal e em 2,6% na leitura anual, desacelerando após 2,7% observado em abril.

Confiança dos consumidores dos EUA cai para 100,4 em junho – Segundo dados do indicador de sentimento do Conference Board, divulgados nesta terça-feira (25), a confiança dos consumidores dos Estados Unidos diminuiu para 100,4 em junho, após ter registrado 101,3 em maio. As expectativas para os próximos 6 meses caiu para 73. A confiança do consumidor norte-americano tem caído ao longo dos anos em meio a uma elevação do custo de vida e do custo dos empréstimos. Conforme o indicador, apenas 12,5% dos consumidores estimam uma melhora das condições empresariais nos próximos 6 meses.

Sentimento econômico da zona do euro cai em junho, puxado por indústria e serviços – De acordo com os dados da pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) pela Comissão Europeia, o índice de sentimento econômico da zona do euro recuou de 96,1 pontos em maio para 95,9 em junho. O resultado veio baixo das estimativas dos analistas, que previam um crescimento do índice a 96,2 pontos. A confiança do consumidor, por sua vez, confirmou o dado preliminar e apresentou melhora, subindo de -14,3 pontos em maio para -14 em junho. Contudo, a confiança da indústria caiu para -10,1 em junho após registrar -9,9 no mês anterior e a confiança de serviços recuou de 6,8 para 6,5 pontos, na mesma comparação.

PIB do Reino Unido do primeiro trimestre cresce acima do esperado – Segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (ONS, na sigla em inglês), o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido subiu 0,7% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao último trimestre de 2023 e 0,3% na comparação anual. Os dados definitivos vieram acima do estimado pelos analistas, que projetavam um avanço de 0,6% na comparação trimestral e 0,2% na comparação anual, e ratificaram a saída do Reino Unido da recessão técnica após o país registrar recuo do PIB nos dois últimos trimestres de 2023.

Lucro industrial na China perde força e cresce 0,7% ante maio de 2023 – O Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (27) que o lucro industrial no país cresceu 0,7% em maio na comparação anual, demonstrando perda de força em relação a abril, quando avançou 4,0%. No acumulado de janeiro a maio, o lucro industrial subiu 3,4% na comparação com o mesmo período de 2023. O dado acumulado até maio também indicou desaceleração após auferir um resultado menor do que o observado no acumulado do ano até abril, quando o lucro havia crescido 4,3% ante a igual período do ano passado.

China quer eliminação de tarifas sobre veículos elétricos pela União Europeia – Segundo o jornal estatal chinês Global Times, Pequim quer que a União Europeia elimine suas tarifas preliminares sobre veículos elétricos chineses, planejadas para entrar em vigor em 4 de julho. Os impostos provisórios da União Europeia sobre veículos elétricos importados fabricados na China são de 38,1% e devem entrar em vigor até 4 de julho. A China solicitou, repetidas vezes, que a UE cancelasse as tarifas, demonstrando estar disposta a negociações. Considerando que a China já tem sido afetada pelos impostos dos Estados Unidos sobre seus produtos, o país quer evitar uma nova guerra tributária. Contudo, caso isto ocorra, Pequim diz que tomará todas as medidas para proteger as empresas chinesas. Os dois lados concordaram em reiniciar negociações após a visita do ministro da Economia da Alemanha à China, que disse que as portas para discussões estão “abertas”.

 

NACIONAL:

IPCA-15 avançou 0,39% em junho – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta quarta-feira (26), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou para 0,39% em junho, após registrar 0,44% em maio. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 variou 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses até junho de 2023. O resultado veio abaixo do esperado pelos analistas, que previam 0,45% na leitura mensal e 4,12% em 12 meses. Dos nove grupos pesquisados, sete tiveram alta no mês de junho. O grupo Alimentação e bebidas respondeu pelo maior impacto (0,21 p.p.) no índice geral ao variar 0,98%. Em seguida, os grupos que mais se destacaram foram Habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08 p.p.). O grupo Transportes, por outro lado, retraiu 0,23%, após alta de 0,77% em maio.

Ata do Copom destaca necessidade de cautela na condução da política monetária – O Banco Central do Brasil divulgou, nesta terça-feira (25), a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida nos dias 18 e 19 de junho, na qual decidiram em unanimidade pela manutenção da taxa Selic em 10,50% a.a.. Na avaliação sobre a conjuntura econômica, o Comitê destacou um ambiente externo mais adverso, marcado pela incerteza elevada e persistente sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e a velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países. Para o Comitê, o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes. No cenário doméstico, o Copom avaliou que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm mostrado resiliência acima do esperado. Em contrapartida, o Comitê salientou a incerteza a respeito dos efeitos econômicos da tragédia no Rio Grande do Sul, permanecendo incertezas sobre a queda da atividade (e como se dará sua recuperação), assim como sobre a diminuição do estoque de capital. Em relação à política fiscal, o Comitê reafirma que “uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”.

Brasil gera 131,8 mil empregos formais em maio, segundo Caged – Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho, o Brasil criou 131.811 novas vagas formais de trabalho em maio. O dado veio abaixo da projeção dos analistas, que estimava a criação de 200 mil vagas no mês. O saldo de maio resulta de 2,116 milhões de admissões e 1,984 milhão de desligamentos. No que se refere ao estoque total de vínculos ativos, houve um avanço de 0,28% em comparação ao estoque registrado no mês anterior, alcançando 46,606 milhões de vínculos em maio. Nos últimos 12 meses, o saldo positivo é de 1,674 milhões de empregos. No acumulado do ano até maio, o saldo de empregos é positivo em 1,088 milhão de vagas, decorrente de 11,038 milhões de admissões e 9,949 milhões de desligamentos.

Déficit primário sobe para R$ 63,9 bi em maio, alcançando 2,53% do PIB em 12 meses – Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (28), o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 63,9 bilhões em maio. O resultado, que é consideravelmente superior ao saldo negativo de R$ 50,2 bilhões observado no mesmo mês de 2023, veio pior do que o estimado pelos analistas, que projetavam um déficit de R$ 58 bilhões no mês. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 280,2 bilhões, o equivalente a 2,53% do PIB, representando um aumento de 0,11 ponto percentual acima do déficit acumulado nos últimos doze meses até abril.

CMN define centro da meta contínua de inflação em 3% – Após a publicação do decreto que instituiu um novo sistema de metas de inflação, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Conforme o CMN, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuará a ser usado para medir a inflação. Ainda de acordo com o texto, “O Banco Central do Brasil efetivará as necessárias modificações em seus regulamentos e normas, visando à execução do contido nesta resolução“. Com a definição da meta contínua, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação anualmente. Isto ocorrerá somente caso o Conselho Monetário queira mudar a meta e, para tal, se reunirá e publicará os novos limites de inflação, que entrará em vigor 36 meses após a decisão.

Data Referência (21/06/2024 a 27/06/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: 1,80%

Ibovespa: 3,21%

IDkA IPCA 2A: 0,20%

IMA-B: 0,09%

IMA-B 5: 0,31%

IMA-B 5+: -0,11%

IMA Geral Ex-C: 0,14%

IRF-M: 0,06%

IRF-M 1: 0,18%

IRF-M 1+: 0,01%

S&P 500: 0,18%

IPCA + 5,25%: 0,15%

 

Gostou desse conteúdo exclusivo?
Então não deixe de nos acompanhar também nas redes sociais e ficar por dentro dos assuntos mais relevantes sobre economia, investimentos, Pró-Gestão, ALM e muito mais para o dia a dia do seu RPPS.
LEMA, consultoria de investimentos para todos os RPPS.