INTERNACIONAL
PIB dos EUA tem crescimento de 3,8% no 2º trimestre – O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira (25) que a economia americana registrou expansão anualizada de 3,8% no segundo trimestre de 2025, acima das leituras anteriores de 3,0% e 3,3%. O resultado foi sustentado pelo aumento do consumo das famílias, que cresceu 2,5% no período, além da redução das importações. Esse foi o maior avanço desde o 3º trimestre de 2023, quando o PIB havia crescido 4,9%. Apesar da resiliência, analistas projetam perda de fôlego nos próximos meses, diante do aperto monetário e das incertezas no comércio internacional.
China mantém taxas de referência estáveis em setembro – O Banco Popular da China decidiu nesta segunda-feira (22) manter a taxa preferencial de empréstimo (LPR) de um ano em 3,0% e a de cinco anos em 3,5%, ambas em mínimas históricas. A medida confirma a estratégia de Pequim de preservar uma política monetária flexível diante da fraqueza do consumo e das dificuldades no setor imobiliário. Após sucessivos cortes nos últimos anos, a autoridade monetária optou pela manutenção, em linha com a expectativa do mercado, buscando dar fôlego à atividade sem ampliar os riscos financeiros.
PMI da zona do euro atinge maior nível em 16 meses – O índice composto preliminar da zona do euro subiu para 51,2 em setembro, após 51,0 em agosto, segundo dados divulgados pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank (HCOB) nesta terça-feira (23). Foi o nono mês consecutivo de expansão da atividade, sustentado pelo setor de serviços, que avançou para 51,4, enquanto a indústria voltou a recuar para 49,5. Entre as principais economias, a Alemanha se destacou com 52,4 pontos, mas a França permaneceu em contração, com 48,4. Apesar da melhora, analistas alertam que a estagnação dos novos pedidos pode limitar a recuperação do bloco.
Atividade dos EUA perde fôlego em setembro – O PMI composto preliminar dos Estados Unidos caiu para 53,6 em setembro, ante 54,6 em agosto, segundo dados divulgados pela S&P Global nesta terça-feira (23). Embora o índice ainda sinalize expansão, ele mostra clara moderação no ritmo da economia. A pesquisa aponta que tarifas elevaram os custos de produção, mas a demanda enfraquecida e a forte concorrência reduziram o espaço para repassar preços aos consumidores.
Núcleo do PCE dos EUA sobe 2,9% em agosto – O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) que o núcleo do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) avançou 2,9% em agosto na comparação anual, em linha com as projeções e repetindo o resultado de julho. Na base mensal, a alta foi de 0,2%, enquanto o PCE cheio cresceu 2,7% em 12 meses. Os dados reforçam a inflação ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve, mas próximos de acomodação, em meio à resiliência do consumo das famílias.
NACIONAL
Copom divulga a ata da última reunião – O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira (23) a ata da reunião realizada nos dias 16 e 17 de setembro, reforçando a decisão de manter a Selic em 15,0% ao ano. O documento destacou que a política monetária precisa permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta. A ata avaliou que a atividade econômica segue em moderação gradual, enquanto o mercado de trabalho permanece dinâmico e sustenta parte do consumo. Também apontou arrefecimento mais nítido no mercado de crédito, com retração em concessões e crédito de maior duração. O Comitê enfatizou que as expectativas de inflação seguem acima da meta em todos os horizontes e que o cenário de incerteza fiscal e externo exige cautela. A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 4 e 5 de novembro.
Confiança do consumidor atinge maior nível desde dezembro – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 1,3 ponto em setembro, para 87,5 pontos, após 86,2 em agosto, alcançando o maior patamar desde dezembro de 2024. O movimento foi impulsionado pelo Índice de Expectativas, que subiu 3,7 pontos para 91,8, enquanto o Índice de Situação Atual recuou 2,5 pontos, para 82,0. Segundo a FGV, o mercado de trabalho aquecido e a desaceleração da inflação ajudaram a reduzir o pessimismo das famílias, mas o elevado endividamento ainda limita uma recuperação mais robusta da confiança.
BC reduz projeções do PIB e amplia déficit em transações correntes – O Relatório de Política Monetária divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Banco Central reduziu a projeção de crescimento do PIB para 2,0% em 2025, ante 2,1% em junho, e para 1,5% em 2026, abaixo dos 1,8% estimados anteriormente. O documento também elevou a previsão de déficit em transações correntes para US$ 70 bilhões em 2025, frente a US$ 58 bilhões na projeção anterior, e para US$ 58 bilhões em 2026. A balança comercial foi revista para superávit de US$ 54 bilhões neste ano e de US$ 61 bilhões em 2026, ambos abaixo das estimativas anteriores. Já a projeção para Investimentos Diretos no País foi mantida em US$ 70 bilhões nos dois anos.
IPCA-15 sobe 0,48% em setembro – De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (25), Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,48% em setembro, após recuo de 0,14% em agosto, acumulando 3,76% no ano e 5,32% em 12 meses. O resultado foi influenciado pela alta de Habitação (+3,31%), puxada pela energia elétrica (+12,17%). Vestuário (+0,97%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,36%) também contribuíram, enquanto Alimentação e bebidas (-0,35%) e Transportes (-0,25%) atenuaram a variação.
BC alerta para inflação acima da meta nos próximos meses – O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, durante coletiva de imprensa em Brasília, afirmou nesta quinta-feira (25) que as projeções de curto prazo indicam que a inflação deve permanecer acima do teto da meta de 4,5% nos próximos meses. Segundo ele, a desaceleração registrada em agosto refletiu efeitos temporários, como o bônus de Itaipu sobre a conta de energia, que levou o IPCA de 5,32% em julho para 5,13% em agosto.
Data Referência (19/09/2025 até 25/09/2025)
CDI: 0,17%
Dólar: -0,31%
Ibovespa: 0,43%
IDkA IPCA 2 Anos: 0,07%
IMA Geral ex-C: 0,14%
IMA-B: 0,15%
IMA-B 5: 0,11%
IMA-B 5+: 0,18%
IRF-M: 0,08%
IRF-M 1: 0,16%
IRF-M 1+: 0,04%
S&P 500 (Moeda Original): -0,40%
IPCA+5,62%: 0,14%