Boletim Econômico – 25.10.24

Internacional

Prévia do PMI composto dos EUA sobe em outubro – A pesquisa preliminar do PMI composto dos EUA da S&P Global para outubro mostrou um crescimento robusto da atividade empresarial, impulsionado pelo setor de serviços, enquanto a produção industrial contraiu pelo terceiro mês seguido. Houve recuperação da confiança das empresas após uma queda em setembro, com expectativas de ocorrer maior estabilidade após a eleição. A inflação de custos e preços finais desaceleraram, atingindo as taxas mais baixas desde maio de 2020. Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global, indicou que a atividade continua a crescer, com o PIB anual projetado em torno de 2,5%, embora as empresas ainda estejam cautelosas em meio às incertezas.

PMI composto da zona do euro sobe marginalmente em outubro – O índice PMI composto da zona do euro subiu ligeiramente de 49,6 em setembro para 49,7 em outubro, de acordo com dados preliminares da S&P Global e Hamburg Commercial Bank, acima das projeções de analistas, que previam estabilidade. O PMI industrial também apresentou avanço, subindo de 45 para 45,9, o maior nível em cinco meses, enquanto o PMI de serviços caiu de 51,4 para 51,2, marcando o menor nível em oito meses.

Confiança do consumidor da zona do euro sobe em outubro – O índice de confiança do consumidor da zona do euro registrou melhora para -12,5 em outubro, comparado a -12,9 em setembro, conforme dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (23) pela Comissão Europeia. O resultado, que evidenciou uma ligeira melhoria na percepção do consumidor, veio em linha com as expectativas de analistas consultados pela FactSet.

Banco do Povo da China (PBoC) corta juros em 0,25 p.p. – O PBoC cortou as taxas básicas de juros em 0,25 ponto percentual, reduzindo as taxas de referência para empréstimos de 1 e 5 anos para 3,1% e 3,6%, respectivamente, em um esforço para estimular a economia do país. A decisão foi antecipada pelo presidente do PBoC, Pan Gongsheng, em um fórum financeiro. Os principais bancos comerciais também diminuíram suas taxas de depósito, facilitando essa redução. Esses cortes fazem parte de um pacote de estímulos anunciado em setembro, visando impulsionar a atividade econômica, que tem demonstrado desaceleração.

Reunião do BRICS – A cúpula do Brics, realizada em Kazan sob a presidência de Vladimir Putin, destacou a crescente influência da Rússia e da China no bloco, o que gera desafios para o Brasil. Especialistas alertam que, se o Brics sofrer influência exclusiva dos interesses russos ou chineses, o Brasil perderá força. Na reunião foi aprovada a criação de uma nova categoria de parceiros, ampliando o grupo, com 13 países interessados. O governo Lula vetou a entrada de Venezuela e Nicarágua, priorizando interesses estratégicos. O Brasil, que assumirá a presidência do grupo em 2025, precisará lidar com a crescente polarização global, enquanto busca consolidar sua posição no cenário internacional.

Nacional

IPCA-15 sobe 0,54% em outubro – O IPCA-15 subiu 0,54% em outubro, após 0,13% em setembro, acumulando 3,71% no ano e 4,47% em 12 meses, acima das expectativas dos analistas, que esperavam 0,50% para o mês e 4,43% em 12 meses. O grupo Habitação teve a maior alta (1,72%), impactado pelo aumento de 5,29% na energia elétrica residencial devido à bandeira tarifária vermelha patamar 2. O grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, subiu 0,87%, contribuindo com 0,18 p.p. no índice geral. O Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (21) projeta o IPCA em 4,50% para o final de 2024.

Arrecadação Federal de setembro – Em setembro de 2024, a arrecadação total das Receitas Federais alcançou R$ 203.169 milhões, um aumento real de 11,61% em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação foi de R$ 1.934.299 milhões, um crescimento real de 9,68%. As Receitas Administradas pela RFB somaram R$ 196.646 milhões em setembro, com um aumento real de 11,95%. Fatores como a volta da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e a atualização de bens no exterior contribuíram para esse crescimento. Destaques incluem a arrecadação do PIS/Pasep e Cofins, que totalizou R$ 45.684 milhões, com um crescimento real de 18,95%, e a Receita Previdenciária, que somou R$ 54.493 milhões, apresentando um aumento de 6,29%.

IFI divulga Relatório de Acompanhamento Fiscal de outubro – O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) nº 93, de outubro de 2024, da Instituição Fiscal Independente (IFI), aponta que a dívida bruta do Brasil alcançou 78,5% do PIB em agosto e deverá chegar a 80% até o final do ano, com projeção de 82,2% para 2025 e 84,1% em 2026. O relatório destaca o impacto dos juros altos e das emissões de dívida primária nesse crescimento. No que se refere ao rating de crédito do Brasil, a Moody’s aumentou a classificação de risco do país, mantendo uma perspectiva positiva, citando um crescimento econômico mais robusto e reformas recentes. No entanto, Fitch e Standard & Poor’s mantiveram suas avaliações inalteradas, apontando preocupações com a rigidez fiscal e o crescimento das despesas obrigatórias, o que dificulta a obtenção do grau de investimento a médio prazo.

Confiança do consumidor recua em outubro – De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança do consumidor caiu 0,7 ponto em outubro, atingindo 93,0, após quatro meses de alta. O Índice de Expectativas recuou 2,5 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual subiu 2 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014. As expectativas financeiras das famílias impactaram negativamente, com um recuo de 2,8 pontos. Na segmentação por faixa de renda, a confiança melhorou apenas nas famílias com renda entre R$ 2.100,00 até R$ 4.800,00.

Data Referência (18/10/2024 a 24/10/2024)

CDI: 0,16%

Dólar: 0,73%

Ibovespa: -0,33%

IDkA IPCA 2A: 0,41%

IMA-B: 0,38%

IMA-B 5: 0,43%

IMA-B 5+: 0,35%

IMA Geral Ex-C: 0,31%

IRF-M: 0,51%

IRF-M 1: 0,20%

IRF-M 1+: 0,68%

S&P 500: -0,93%

IPCA + 5,25%: 0,18%

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