Boletim Econômico – 24.11.23

Internacional:

 

Ata do Fomc mostra que ciclo de juros ainda exige cautela – A ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve revelou que os membros estão inclinados a adotar uma postura de “cautela” em relação ao ciclo de juros. Conforme registrado no documento, a economia dos Estados Unidos expandiu-se vigorosamente no terceiro trimestre, enquanto as condições do mercado de trabalho permaneceram restritivas, caracterizadas pela manutenção de ganhos de emprego e uma baixa taxa de desemprego. Paralelamente, a inflação dos preços ao consumidor permaneceu elevada, embora continue a manifestar sinais de desaceleração. Na decisão tomada durante a reunião realizada em 10 de novembro, optou-se por manter as taxas de juros dentro da faixa estabelecida entre 5,25% e 5,5%.

 

Índice de atividade nacional dos EUA tem queda em outubro – Conforme os dados divulgados pelo Federal Reserve (Fed) de Chicago, o índice de atividade nacional dos Estados Unidos registrou queda, passando de -0,02 em setembro (dados revisados) para -0,49 em outubro. A média móvel de três meses desse índice diminuiu para -0,22 em outubro, contrastando com o valor neutro observado em setembro. Adicionalmente, o Índice de Difusão CFNAI também apresentou uma redução, atingindo -0,20 em outubro, em comparação com +0,08 em setembro.

 

Dirigentes do BCE mencionam preparação para subir juros em caso de necessidade – Com base nas informações registradas na ata da última reunião de política monetária, os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) chegaram a um consenso de que deveriam estar prontos para elevar as taxas de juros novamente, se necessário, mesmo que tal medida não corresponda ao seu cenário-base. “Os membros favoreceram deixar a porta aberta para uma possível nova subida das taxas, em linha com a ênfase do Conselho do BCE na dependência de dados”, informa o documento. Os dirigentes também decidiram que o conselho deveria reforçar seu compromisso em manter as taxas em níveis restritivos pelo tempo que for necessário.

 

Prévias do PMI composto da zona do euro apontam para alta em novembro – De acordo com os dados coletados pela S&P Global e o Hamburg Commercial Bank, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto da zona do euro registrou um avanço, com alta de 46,5 em outubro para 47,1 na leitura preliminar de novembro, atingindo o patamar mais elevado em dois meses. O PMI exclusivo do setor industrial apresentou alta de 43,1 em outubro para 43,8 na prévia de novembro, superando a expectativa dos analistas, que projetavam uma métrica de 43,2. Além disso, o PMI de serviços aumentou de 47,8 em outubro para 48,2 na leitura preliminar de novembro, superando a projeção de 48,1 dos analistas.

 

Consultores do governo chinês solicitam manutenção de meta de crescimento em 2024 e maiores estímulos – Conselheiros do governo da China estão propensos a recomendar a manutenção das metas de crescimento econômico para o próximo ano no intervalo de 4,5% a 5,5%, visando promover o desenvolvimento de longo prazo. Para alcançar tais objetivos, os consultores afirmam que Pequim deveria implementar medidas de estímulo fiscal, considerando que o crescimento deste ano foi influenciado pelo efeito de base decorrente dos lockdowns da Covid-19 do ano anterior. O economista governamental, Yu Yongding, destacou a necessidade de adotar política fiscal e monetária expansionistas para impulsionar a demanda agregada, defendendo uma meta de crescimento em torno de 5%.

 

 

Nacional

 

IGP-M desacelera segundo prévia de novembro O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) registrou um avanço de 0,61% na segunda prévia de novembro, em comparação com a elevação de 0,64% observada na mesma leitura de outubro. Este resultado foi influenciado pelo arrefecimento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que apresentou um aumento de 0,74% nesta leitura, em contraste com a alta de 0,83% na segunda prévia de outubro. Houve, igualmente, uma desaceleração no Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M), atingindo 0,26%, em comparação com o aumento de 0,28% no mês anterior. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou para 0,30% na segunda prévia de novembro, após ter registrado um acréscimo de 0,14% na mesma leitura de outubro.

 

Monitor do PIB da FGV aponta estagnação no terceiro trimestre – De acordo com o Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permaneceu estagnado (0,0%) no terceiro trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre deste mesmo ano. Em comparação com o terceiro trimestre de 2022, registrou-se um crescimento de 1,8% no PIB durante o terceiro trimestre de 2023. No mês de setembro, a atividade econômica apresentou contração de 0,6% em relação a agosto. Quando comparado a setembro de 2022, observou-se uma expansão de 0,8% em setembro de 2023.

 

Governo reduz projeção para PIB em 2023 e 2024 – A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda ajustou para baixo sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2023, fixando-a em 3,0%. “A mudança repercute, principalmente, revisão para a estimativa de variação do PIB no terceiro trimestre, de 0,1% para 0,0% na margem, além do menor dinamismo previsto para a atividade em serviços”, informou a SPE em comunicado. Para o ano de 2024, a expectativa sofreu um leve recuo, passando de 2,3% para 2,2%, devido a uma deterioração do cenário externo, decorrente de conflitos geopolíticos, desaceleração do crescimento chinês e prolongamento do ciclo de juros em importantes economias por um período mais extenso.

 

Confiança do consumidor tem queda em novembro – De acordo com informações divulgadas pela FGV/Ibre, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou um declínio de 0,2 ponto em novembro, atingindo 93,0 pontos. Em termos de médias móveis trimestrais, o índice apresentou uma queda de 1,3 ponto, chegando a 94,4 pontos, marcando a segunda retração mensal consecutiva. No mês de novembro, a diminuição da confiança foi influenciada pelas avaliações sobre a situação atual e pelas perspectivas para os próximos meses.

 

S&P rebaixa rating das Casas Bahia – A agência de classificação de risco S&P rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão do Grupo Casas Bahia (BHIA3) de ‘brA-‘ para ‘brBBB-‘ em escala nacional. A perspectiva do rating de emissor é negativa. Segundo a entidade, os números reportados pela companhia no terceiro trimestre deste ano indicam que o grupo não alcançará as métricas de crédito esperadas. A agência destaca que não antecipa uma crise de pagamento ou de crédito nos próximos 12 meses, mas avalia que a estrutura de capital da Casas Bahia é frágil.

 

Data Referência (17/11/2023 a 22/11/2023)

CDI: 0,18%

Dólar: 0,81%

Ibovespa: 1,12%

IDkA IPCA 2A: 0,29%

IMA-B: 0,11%

IMA-B 5: 0,31%

IMA-B 5+: -0,08%

IMA Geral Ex-C: 0,15%

IRF-M: 0,16%

IRF-M 1: 0,18%

IRF-M 1+: 0,15%

S&P 500: 1,07

IPCA + 5,20%: 0,14%

 

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