Boletim Econômico – 22.09.23

 Internacional:

 

Núcleo da inflação do consumo dos EUA avança em agosto – O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos, registrou um avanço de 0,1% em agosto, em comparação com o mês anterior. Já o indicador acumulado de doze meses apresentou um aumento de 3,9%. Vale ressaltar que o núcleo do PCE desconsidera as variações de preços em itens mais voláteis. Incluindo esses elementos, a variação foi de 0,4% em termos mensais e de 3,5% em termos anuais.

 

Projeção de crescimento do PIB dos EUA no 2º trimestre fica estável – Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos indicaram uma estabilidade de 2,1% em termos anualizados durante o segundo trimestre. Esse resultado permaneceu consistente com a estimativa anterior e alinhado às expectativas do mercado. No que diz respeito ao mercado de trabalho, o ambiente ainda demonstra resiliência, registrando 204.000 novas solicitações de auxílio-desemprego em comparação com as 202.000 da semana encerrada em 23 de setembro.

 

Governo chines lança novas medidas para zonas de livre comércio – O governo chinês, por meio do Ministério do Comércio, anunciou a intenção de impulsionar ainda mais a construção de zonas de livre comércio em todo o país. Esse plano foi acordado em colaboração com representantes de 21 zonas de livre comércio em diferentes províncias, com o objetivo de realizar uma “abertura em alto nível”. Essa iniciativa visa elevar o padrão do comércio chinês no cenário internacional, ao mesmo tempo em que se compromete a aderir às normas comerciais estabelecidas.

 

Presidente do BCE destaca persistência de pressão sobre os preços domésticos – A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ressaltou a persistência das pressões sobre os preços domésticos na região. Todavia, a autoridade enfatizou que esse impulso começará a enfraquecer, o que levará ao alcance da meta de inflação de 2% até o final de 2025. Essa dinâmica é influenciada pela persistência da inflação nos serviços, impulsionada por gastos robustos em feriados e viagens, bem como por aumentos salariais substanciais em um mercado de trabalho que continua resiliente.

 

Inflação ao consumidor anual da zona do euro desacelera em setembro A inflação anual ao consumidor na zona do euro desacelerou em setembro, atingindo 4,3%, em comparação com os 5,2% registrados em agosto. Este resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela FactSet, que projetavam uma taxa de 4,8%. Quanto ao núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), houve um aumento de 4,5% em setembro, no acumulado anual, ante 5,3% registrado em agosto.

 

 

 

Nacional

Ata do Copom reforça cortes graduais na Selic – O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira (26), a ata de sua última reunião, ocorrida nos dias 19 e 20 de setembro. No documento, a autoridade monetária reiterou seu compromisso de manter cortes graduais nas próximas reuniões. Além disso, os membros do Copom destacaram novamente a importância da conjuntura fiscal, enfatizando que o cumprimento das metas é crucial para ancorar as expectativas de inflação e, por conseguinte, orientar a política monetária.

 

IPCA-15 acelera em setembro – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou um aumento de 0,35% em setembro, em comparação com a elevação de 0,28% registrada em agosto. Apesar desse resultado, a variação mensal ficou aquém das expectativas dos analistas de mercado, que estimavam 0,38%, de acordo com o consenso Refinitiv. Com isso, o indicador acumula uma variação positiva de 5,00% nos últimos 12 meses. Entre as atividades que mais influenciaram o indicador, destaca-se o setor de transportes, com uma variação de 2,02% e um impacto de 0,41 ponto percentual, principalmente devido ao aumento de 5,18% no preço da gasolina. Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas desacelerou no mês, refletindo a queda nos preços dos alimentos em domicílio.

 

IGP-M avança em setembro – Após uma queda de 0,14% em agosto, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou um aumento de 0,37% em setembro. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava um avanço de 0,40% no mês. Com esse desempenho, o índice acumula uma queda de 5,97% nos últimos 12 meses. A elevação mensal foi impulsionada pelos reajustes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras em meados de agosto, que resultaram em um aumento de 16,3% na gasolina e de 25,8% no diesel vendidos às distribuidoras.

 

Setor público tem déficit primário menor em agosto – O setor público consolidado, abrangendo Governo Central, Estados, municípios e estatais, apresentou um déficit primário de R$ 22,830 bilhões em agosto. Esse valor representa uma melhora em relação ao resultado deficitário de R$ 35,809 bilhões registrado em julho. No acumulado do ano até agosto, as contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 79,009 bilhões, equivalente a 1,12% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, a dívida bruta do Brasil aumentou no mês, alcançando 74,4% do PIB, em comparação com os 74,0% do mês anterior.

 

Taxa média de desemprego fecha em queda no trimestre encerrado em agosto – No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8%. Esse valor representa uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023. Quando comparado com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação diminuiu 1,1 ponto percentual. Em termos numéricos, o contingente de pessoas desempregadas foi de 8,4 milhões no trimestre encerrado em agosto de 2023.

 

S&P eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil – A agência de classificação de risco S&P Global Ratings aumentou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, elevando de 1,7% para 2,9%. Essa mudança de perspectiva foi influenciada pelos dados positivos na produção agrícola e pelas medidas de estímulo fiscal que impactaram os gastos das famílias. No entanto, a instituição reduziu a estimativa para a atividade econômica brasileira em 2024, de 1,5% para 1,2%, com a expectativa de que esses fatores venham a diminuir.

 

Data Referência (22/09/2023 a 28/09/2023)

CDI: 0,24%

Dólar: 2,53%

Ibovespa: -0,36%

IDkA IPCA 2A: -0,39%

IMA-B: -1,27%

IMA-B 5: -0,49%

IMA-B 5+: -1,99%

IMA Geral Ex-C: -0,42%

IRF-M: -0,49%

IRF-M 1: 0,20%

IRF-M 1+: -0,79%

S&P 500: -0,70%

IPCA + 5,20%: 0,20%

 

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