CENÁRIO NACIONAL
Copom mantém a taxa Selic em 10,50% a.a.. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central resolveu manter a taxa Selic em 10,50% a.a.. Com a decisão, o Copom interrompeu o ciclo de cortes que vinha sendo implementado desde agosto de 2023, quando a Selic estava em 13,75% aa.. Diferentemente do ocorrido na reunião anterior, desta vez a decisão ocorreu em unanimidade, o que destacou a posição dos quatro membros do Comitê indicados pelo Presidente Lula, que votaram em direção contrária às recentes manifestações do Presidente em defesa da redução dos juros. O colegiado argumentou que o cenário da inflação ainda é incerto, exigindo moderação na condução da política monetária. Além disto, destacou também que fatores como o contexto global incerto e um cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas pressionam a inflação e demandam maior cautela. Em relação às projeções, o Comitê estima inflação a 4,0% em 2024 e 3,4% em 2025, enquanto o Relatório Focus indica 4,0% e 3,8% para os mesmos períodos.
IGP-10 desacelera para 0,83% em junho. Segundo dados publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (17), o Índice Geral de Preços–10 (IGP-10) subiu 0,83% em junho, desacelerando após avançar 1,08% no mês anterior. Com esse resultado, o IGP-10 acumula alta de 1,79% nos últimos 12 meses. O resultado veio abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam uma variação de 0,95% na comparação mensal. Em junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) subiu 0,88%, depois de avançar 1,34% no mês de maio. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou ao registrar alta de 0,54% em junho, após variação de 0,39% no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 1,06% em junho, depois de um avanço de 0,53% em maio.
Fluxo cambial no Brasil até 14 de junho é positivo em US$ 6,337 bi. Segundo dados preliminares divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (19), o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 6,337 bilhões em junho até o dia 14. A alta foi puxada tanto pela via financeira quanto pela comercial. Em junho, até o dia 14, houve entradas líquidas de US$ 2,104 bilhões pelo canal financeiro no qual são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e pagamento de juros, bem como demais operações. Pelo canal comercial, o saldo foi positivo em US$ 4,233 bilhões no mesmo período. O Brasil registra fluxo cambial total positivo de US$ 12,172 bilhões no acumulado do ano até 14 de junho, maior do que o fluxo positivo de US$ 11,911 bilhões observado no mesmo período do ano passado.
Em 2023, população brasileira ocupada passou dos 100 milhões. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2023, divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira ocupada foi de 100,7 milhões de pessoas em 2023. Esse número representa aumento de 1,1% em relação a 2022 (99,6 milhões de pessoas). Em 2023, em relação ao ano anterior, o número de pessoas em idade de trabalhar cresceu 0,9%, estimado a 174,8 milhões de pessoas.
Indicadores da indústria pioram em maio, devido à calamidade no Sul. Segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a indústria brasileira, que buscava recuperação nos últimos meses, sofreu uma piora em seus resultados devido ao impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Em maio, o índice de evolução da produção industrial foi de 47,4 pontos, caindo abaixo de 50 pontos, após dois meses de avanço. O indicador, que tinha sido de 51,0 em março e de 51,2 em abril, arrefeceu em maio influenciado, sobretudo, pelo recuo da produção na região Sul, que atingiu 39,6 pontos em maio. A queda na produção também foi observada na região Sudeste, em menor magnitude. Nas demais regiões do país, o índice de evolução da produção demonstrou estabilidade, em patamares acima do patamar de estabilidade.
Vale esclarece notícias sobre suposta interferência política no seu processo sucessório. Em um comunicado ao mercado publicado na noite desta segunda-feira (17), a Vale veio esclarecer as notícias divulgadas na imprensa que afirmavam estar ocorrendo uma suposta interferência política no processo sucessório da empresa. As notícias apontavam diferentes nomes para ocupar o cargo, como Paulo Caffarelli, ex-presidente do Banco do Brasil, e Guido Mantega, Ministro da Fazenda nos dois mandatos do Presidente Lula. No comunicado, a Vale negou as notícias e afirmou que o processo de sucessão de seu presidente “é executado em conformidade com o Estatuto Social e as políticas corporativas da Companhia, bem como com o Regimento Interno do Conselho de Administração e a legislação aplicável”.
CENÁRIO INTERNACIONAL
Produção industrial nos EUA cresce 0,9% em maio. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) informou nesta terça-feira (18), que a produção industrial nos Estados Unidos avançou 0,9% em maio, após cair 0,4% no mês anterior. O dado mensal veio acima do estimado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,3%. No que se refere à utilização da capacidade, houve um aumento para 78,7% em maio, estando agora 0,9 ponto percentual abaixo da sua média de longo prazo. Conforme o Fed, em maio, o crescimento ocorreu de forma generalizada nos principais grupos, com o índice de bens de consumo exercendo a maior contribuição no aumento da produção industrial ao avançar 1,3%.
PMI dos EUA aponta aceleração da atividade em junho. Segundo dados divulgados pela S&P Global nesta sexta-feira (21), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA, que agrega os setores de manufatura e serviços, subiu de 54,5 em maio para 54,6 em junho, o nível mais alto desde abril de 2022. O resultado foi impulsionado pelo aumento nos setores de serviços e da indústria, sugerindo que a economia encerrou o segundo trimestre de forma sólida. Com o resultado, a atividade empresarial dos Estados Unidos atingiu em junho o nível máximo em 26 meses, em meio a um cenário de recuperação no nível de emprego e melhora nas pressões inflacionárias.
Vendas no varejo dos EUA sobem 0,1% em maio. Conforme dados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta terça-feira (18), as vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram 0,1% em maio em comparação ao mês de abril, somando US$ 703,1 bilhões. O dado veio abaixo das estimativas dos analistas, que projetavam uma alta de 0,3%. Em relação a maio de 2023, houve uma alta de 2,3% nas vendas totais. O dado de abril foi revisado para queda de 0,2% ante ao mês de março, um total de US$ 702,5 bilhões.
PMI composto da zona do euro sofre queda em junho. De acordo com os dados preliminares divulgados nesta sexta-feira (21) pela S&P Global em parceria com o banco HCOB, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu para 50,8 em junho, após registrar 52,2 em maio. Com isso, o PMI Composto, que engloba os setores de serviços e de manufatura, atingiu o menor nível em três meses, ficando abaixo das expectativas do mercado, que estimava um crescimento de 52,5 em junho. No mesmo período, o PMI industrial caiu de 47,3 para 45,6, o patamar mais baixo em seis meses, ficando abaixo dos 47,9 estimados pelos analistas. O PMI de serviços também caiu, passando de 53,2 em maio para 52,6 em junho, ante projeções de alta de 53,5, atingindo também o menor nível em três meses.
Inflação ao consumidor anualizada na zona do euro acelera para 2,6% em maio. Conforme dado final divulgado pela Eurostat, o serviço de estatísticas da União Europeia, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) anualizado acelerou para 2,6% em maio após registrar 2,4% em abril. Na leitura mensal, a variação foi de 0,2% no mês ante 0,6% em abril. Os dados vieram em linha com as projeções dos analistas. O núcleo da inflação, que exclui as variações de energia, alimentos, bebidas e tabaco, registrou alta de 0,4% em maio, desacelerando em relação à variação de 0,7% em abril. Na leitura anual, o núcleo do CPI avançou de 2,7% em abril para 2,9% em maio. No que se refere ao bloco da União Europeia como um todo, a inflação anual avançou de 2,6% em abril para 2,7% em maio.
China registra alta nas vendas no varejo e produção industrial abaixo do esperado. Segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira (17), as vendas no varejo registraram alta de 3,7% em relação a maio de 2023, acelerando ante a alta de 2,3% observada em abril. O avanço veio acima do estimado (3%). No mês, a venda total de bens de consumo somou 3,92 trilhões de yuans, o equivalente a US$ 540,32 bilhões. Conforme a agência Xinhua, no acumulado do ano até maio, as vendas subiram 4,1%, para 19,52 trilhões de yuans, aproximadamente US$ 2,74 trilhões. Em maio, a produção industrial registrou alta de 5,6% ante ao mesmo mês de 2023, contudo, abaixo da alta de 6% esperada pelos analistas. No comparativo mensal, a produção industrial avançou 0,3% de abril para maio. De janeiro a maio deste ano, o indicador avançou 6,2% ante ao mesmo período de 2023. Vale destacar que o investimento em ativos fixos cresceu 4,0% de janeiro a maio de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, abaixo das expectativas de alta de 4,2%. Com isso, o investimento em ativos fixos demonstrou perda de força ante ao crescimento de 4,2% observado de janeiro a abril.
Na China, desemprego entre jovens cai em maio para o menor nível desde janeiro. De acordo com o levantamento do NBS, divulgado nesta quarta-feira (19), a taxa de desemprego entre os jovens da China caiu para 14,2% em maio, após registrar 14,7% em abril. Com o resultado, a China atingiu o nível mais baixo de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos desde que o departamento de estatísticas revisou a metodologia em janeiro. O país havia suspendido a divulgação da taxa de desemprego entre os jovens em junho de 2023, quando o número subiu para um recorde de 21,3%. Conforme o departamento de estatísticas, houve uma mudança na metodologia para avaliar a taxa de desemprego, que agora desconsidera os estudantes em seu cálculo.
Data Referência (14/06/2024 a 20/06/2024)
CDI: 0,20%
Dólar: 0,52%
Ibovespa: 0,73%
IDkA IPCA 2A: 0,37%
IMA-B: 0,43%
IMA-B 5: 0,33%
IMA-B 5+: 0,52%
IMA Geral Ex-C: 0,27%
IRF-M: 0,24%
IRF-M 1: 0,22%
IRF-M 1+: 0,25%
S&P 500: 0,73%
IPCA + 5,25%: 0,15%