Boletim Econômico – 16.08.24

INTERNACIONAL

Índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos avança 0,2% em julho – Segundo dados publicados nesta quarta-feira (14) pelo Departamento do Trabalho do país, em julho, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% na base mensal e desacelerou de 3,0% para 2,9% na anual. O dado mensal veio conforme o esperado, já a inflação anualizada revelou-se ligeiramente abaixo das estimativas de variação de 3,0% no período. No que se refere ao núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, houve avanço de 3,2% na base anual, desacelerando após 3,3% em junho, e alta de 0,2% na leitura mensal, avançando após subir 0,1% no mês anterior.

Vendas no varejo dos Estados Unidos avançam 1,0% em julho, acima do esperado –Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Departamento de Comércio do país, as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 1,0% em julho após queda 0,2% no mês anterior, segundo dados revisados. O dado de julho surpreendeu os analistas, que projetavam uma alta de 0,4%, e pode aliviar o mercado financeiro quanto ao temor sobre uma possível recessão econômica. As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, avançaram 0,3% em julho após 0,9% em junho.

Produção industrial dos Estados Unidos cai 0,6% em julho – O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira (15) que a produção industrial do país caiu 0,6% em julho, na variação mensal. A queda foi maior que a esperada pelos analistas, que previam recuo de 0,3% no mês. A taxa de utilização da capacidade instalada também diminuiu para 77,8% em julho. Vale destacar que o Fed revisou os dados de junho, de alta de 0,6% para  avanço de 0,3% e taxa de utilização da capacidade, de 78,8% para 78,4%.

PIB da zona do euro cresce 0,3% no 2º trimestre – Conforme dados preliminares publicados nesta quarta-feira (14) pela Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia, o produto interno bruto (PIB) da zona do euro avançou 0,3% entre abril e junho ante o trimestre anterior, repetindo a mesma taxa observada nos primeiros três meses do ano, mantendo ritmo de crescimento. Em relação ao mesmo período de 2023, o PIB do bloco demonstrou certa aceleração, passando de 0,5% no 1º trimestre para 0,6% no segundo. Os dados do PIB vieram conforme o estimado pelos analistas. Na União Europeia como um todo, o PIB registrou alta de 0,3% na comparação trimestral e 0,8% na anual.

Produção industrial da zona do euro cai 0,1% em junho – Segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira (14) pela Eurostat, a produção industrial da zona do euro caiu 0,1% em junho em relação ao mês anterior. O resultado mensal veio abaixo do esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,5% no período. Na comparação anual, a produção industrial recuou 3,9% em junho, queda mais intensa que a projetada (3,4%). Além disto, a Eurostat informou que revisou números da produção industrial de maio para queda de 0,9% na comparação mensal e de 3,3% na base anual.

Produção industrial da China cresce abaixo do esperado, mas vendas no varejo demonstram melhora – De acordo com os dados publicados pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas do país, a produção industrial da China subiu 5,1% em julho em relação ao mesmo mês de 2023, abaixo das projeções de crescimento de 5,2%. O resultado reflete a manutenção da tendência de desaceleração do setor industrial observada desde o mês de maio. Em contrapartida, as vendas varejistas avançaram 2,7% em relação ao mês de julho de 2023, acima da variação de 2,6% estimada para o mês e do avanço de 2,0% observado em junho, na mesma comparação. No que se refere ao núcleo das vendas varejistas, houve uma alta mais intensa, de 3,6% em julho ante 3% em junho, na leitura anualizada.

Investimento imobiliário na China cai 10,2% de janeiro a julho – Conforme dados publicados pelo National Bureau of Statistics (NBS), escritório de estatísticas da China, o país registrou queda significativa de 10,2% no investimento imobiliário no período de janeiro a julho deste ano, intensificando a queda de 10,1% observada no acumulado de janeiro a junho, ou seja, no primeiro semestre do ano. Estes dados indicam uma tendência persistente de queda do setor imobiliário, apesar das tentativas do governo chinês em impulsioná-lo, como a redução dos custos associados à compra de imóveis e à redução das taxas de hipoteca. Contudo, as medidas ainda não surtiram o resultado esperado na recuperação do mercado imobiliário do país.

NACIONAL

Volume de serviços tem alta de 1,7% em junho – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (13) que o volume do setor de serviços do Brasil passou de uma queda de 0,4% em maio para alta de 1,7% em junho, a maior expansão desde dezembro de 2022, quando o setor avançou 2,7%. Em relação a junho de 2023, o crescimento foi de 1,3%. No acumulado do primeiro semestre do ano, o volume de serviços avançou 1,6% frente ao mesmo período de 2023. Já na leitura dos últimos 12 meses, o setor de serviços desacelerou de 1,2% em maio para 1,0% em junho. Os dados de junho vieram acima do esperado pelos analistas, que estimava uma alta de 0,8% tanto na comparação mensal quanto na medição anual. A alta do indicador ocorreu nos cinco setores avaliados pela pesquisa, com destaque para o setor de transportes, que subiu 1,8% após cair 1,5% em maio.

Vendas no varejo caem 1,0% no mês de junho, após cinco meses de alta – Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados nesta quarta-feira (14) pelo IBGE, as vendas varejistas do Brasil caíram 1,0% em junho em relação ao mês anterior, interrompendo uma sequência de cinco meses seguidos de alta. Já em relação ao mesmo mês de 2023, as vendas no varejo avançaram 4,0%. No primeiro semestre do ano, o varejo acumulou alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, contudo, abaixo do acumulado até maio (5,5%). O dado de junho veio pior que o esperado pelos analistas, que previam queda de 0,2% na comparação mensal e alta de 5,50% na leitura anualizada. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas subiu 0,4% no mês, enquanto a média móvel trimestral ficou estável (0,0%). Das oito atividades pesquisadas, quatro caíram no mês de junho.

IBC-Br avança 1,37% em junho – Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 1,37% em junho, acelerando após subir 0,41% em maio. O dado veio acima das expectativas dos analistas, que esperavam alta de 0,50%. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,12% no ano e de 1,64% em 12 meses. No que se refere ao trimestre encerrado em junho, o IBC-Br registrou expansão de 1,12%. Já em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 3,18%.

Haddad cede e concorda em votar reforma tributária no Senado após eleição – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (14) que respeitará o pedido do Senado Federal para votar o texto principal de regulamentação da reforma tributária apenas após as eleições municipais. A declaração de Haddad ocorreu após uma reunião com o senador Eduardo Braga (MDB–AM), anunciado como relator da pauta. “Uma ponderação do senador que a Fazenda respeita e vai encaminhar é em relação ao pedido de urgência. No momento agora de eleições, fica difícil para a Casa apreciar todas as demandas de audiência, de debate e sobre eventuais emendas que forem apresentadas”, declarou o ministro. O Ministério da Fazenda pretende que o projeto seja votado ainda em 2024. Com a votação para novembro, o prazo para o cumprimento dessa meta fica mais apertado uma vez que, depois de passar no Senado, o texto ainda deve ser analisado novamente pela Câmara.

Ibovespa atinge o maior nível do ano e próximo da máxima histórica – O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, a B3, atingiu o maior fechamento do ano nesta quinta-feira (15), chegando aos 134.153 pontos, muito próximo da máxima histórica. Com o resultado, o índice fechou o dia acumulando avanço de 5,09% no mês e de -0,02% no ano. O avanço foi impulsionado, sobretudo, pelas expectativas de cortes de juros do Fed, o banco central americano, na próxima reunião que ocorrerá em setembro. Outros fatores também colaboraram para a recuperação do indicador como o tom do Banco Central do Brasil, que demonstrou estar comprometido com o combate à inflação e que, se for necessário, subirá os juros no curto prazo, e as declarações sobre o arcabouço fiscal, com destaque para o anúncio do congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento demonstrando o empenho do governo em cumprir a meta fiscal.

Data Referência (09/08/2024 a 15/08/2024)

CDI: 0,20%

Dólar: -2,71%

Ibovespa: 4,27%

IDkA IPCA 2A: 0,02%

IMA-B: 0,79%

IMA-B 5: 0,22%

IMA-B 5+: 1,32%

IMA Geral Ex-C: 0,43%

IRF-M: 0,50%

IRF-M 1: 0,16%

IRF-M 1+: 0,67%

S&P 500: 4,21%

IPCA + 5,25%: 0,13%

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