Boletim Econômico – 16.06.23

NO BRASIL:

IBC-Br avança 0,56% em abril após retração em março, resultado acima do esperado – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBR-Br), divulgado nesta sexta-feira (26), apresentou crescimento de 0,56% no mês de abril, ante variação negativa de 0,14% em março. O resultado veio acima do projetado pelo mercado, que estimava alta de 0,20%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 3,31%. Com o resultado, o indicador marca expansão de 3,88% no ano e 3,43% nos últimos doze meses. Os dados de abril retomaram a sequência de altas apresentadas em janeiro e fevereiro, após ter registrado variação negativa no mês de março.

Vendas no Varejo crescem 0,1% em abril, mas valor veio abaixo do esperado – O volume de vendas no varejo do Brasil subiu 0,1% em abril ante dado de março, informou nesta quarta-feira (14) o IBGE. Na comparação com abril do ano passado, houve um avanço de 0,5%. Já no acumulado nos últimos 12 meses, o índice apresentou alta de 0,9%. O desempenho de abril veio menor que o esperado pelo mercado, visto que o consenso Refinitiv previa uma alta de 0,3% na base mensal e na comparação anual um avanço de 0,95%.

Volume de serviços recua 1,6% em abril ante março, pior que as expectativas – O volume de serviços no Brasil teve um recuo de 1,6% em abril ante março, conforme divulgado nesta quinta-feira (15) pelo IBGE. O dado veio pior que o esperado, uma vez que o consenso Refinitiv previa uma retração de 0,5%. Para o economista da XP, Rodolfo Margato, os dados de abril decepcionaram, reforçando um cenário de atividade doméstica mais fraca ao longo de 2023. Ele observou que a queda interrompeu uma sequência de dois ganhos consecutivos na comparação mensal, resultando em retração de 0,3% no trimestre móvel com fechamento em abril.

Problema climático no Rio Grande do Sul limitou alta da safra, diz IBGE – A estiagem no Rio Grande do Sul voltou a reduzir as estimativas para a safra de grãos, segundo dados da pesquisa de sistema de produção agrícola de maio divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (13). A safra de 2023 deve totalizar 305,4 milhões de toneladas, alta de 16,1% em relação a 2022. O resultado foi 1,1% superior ao previsto em abril, ou 3,3 milhões de toneladas a mais. Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE. Informou que praticamente não houve problemas climáticos na safra até o momento, apenas pontuais, como no caso do Rio Grande do Sul, o qual teve estiagem e se não fosse isso “poderíamos ter uma safra ainda maior”, disse o gerente.

Bradesco aprova R$2 bi em juros sobre o capital próprio intermediários – O Bradesco (BBDC4) divulgou nesta quinta-feira (15) a aprovação de seu conselho no pagamento de 2 bilhões de reais em juros sobre capital próprio (JCP) intermediários referentes ao primeiro semestre deste ano. Conforme o fato relevante, será pago R$0,178997238 por ação ordinária e R$0,196896961 por papel preferencial aos acionistas com registro na companhia até a data-base de 26 de junho. Após 27 de junho, as ações serão negociadas sem direito aos juros intermediários.

Banco Central deve manter Selic no patamar de 13,75% em junho, mostra pesquisa. O Banco Central do Brasil provavelmente manterá a taxa Selic inalterada quando encerrar sua reunião de política monetária de junho na próxima semana, mas economistas acreditam que a instituição está prestes a iniciar um ciclo de flexibilização, que pode começar já no terceiro trimestre. Todos os 47 entrevistados na pesquisa da Reuters previam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteria a taxa básica inalterada em seu nível atual de 13,75% ao ano pela sétima reunião consecutiva, a maior desde 2017. A pesquisa foi realizada entre 12 e 15 de abril.

 

NO MUNDO: 

FED mantém taxa de juros nos Estados Unidos, decisão em linha com as expectativas – O comitê do banco central dos Estados Unidos (Fomc), com decisão unânime, manteve a taxa de juros no atual patamar, dentro da banda de 5% e 5,25% a.a. Com esta decisão o comitê interrompe o ciclo de aperto monetário, os quais tiveram início em março de 2022 sendo dez aumentos seguidos.

 

CPI dos Estados Unidos recua, mas núcleo resiliente corrobora com FED optar por pausa nos juros – O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) apresentou um resultado similar já observado em abril, com o indicador cheio desacelerando, mas um núcleo se mantendo resiliente, corroborando com a pausa do movimento de alta de juros. O CPI avançou 0,1% na comparação entre maio e abril e desacelerou de 4,9% para 4,0% na leitura do acumulado dos últimos 12 meses. Já o núcleo teve a variação de 0,4% no mês e recuou apenas de 5,5% para 5,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

 

PPI dos Estados Unidos recua 0,3% em maio – O índice de preços ao produtor nos Estados Unidos (PPI) recuou 0,3% em maio ante dado de abril, conforme dados dessazonalizados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Departamento de Trabalho do país. O recuo em maio veio levemente maior que o esperado pelo consenso Refinitiv, que previa queda de 0,1%. Já no acumulado dos 12 meses, a previsão era de alta de 1,5%. O núcleo do PPI, que exclui as variações de alimentos, energia e serviços comerciais e de transportes ficaram inalterados em maio, após avanço de 0,1% em abril. Nos 12 meses encerrados em maio, o core do PPI mostrou alta de 2,8%.

 

Vendas no varejo dos Estados Unidos sobem 0,3% em maio – As vendas no varejo dos Estados Unidos avançaram 0,3% em maio ante abril, para US$ 686,6, conforme dados com ajustes sazonais divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado veio como surpresa aos analistas que conforme o consenso Refinitiv era previsto uma queda de 0,1% no período. Sem considerar os automóveis, as vendas no setor varejista americano subiram 0,1% no confronto mensal de maio. Sem revisão, os dados de vendas de abril ante março continuaram apresentando altas de 0,4%, tanto no resultado geral, quanto no que exclui automóveis.

 

Powell diz que inflação está muito acima da meta e deve ter longo caminho de regresso a meta – O presidente do Banco Central dos Estados Unidos (FED), Jerome Powell, reiterou o compromisso do FED em levar a inflação à meta, mas com menor impacto negativo da economia possível. Afirmou que não dá para ter um mercado de trabalho sustentável com a inflação elevada e que o objetivo é manter máxima empregabilidade com preços controlados. O Chairman disse que a inflação se mantém muito acima da meta e que ainda levará algum tempo para que todo o impacto do aperto monetário tenha efeito. Powell disse que as decisões do FED continuarão a ser ajustadas com base na atividade econômica.

 

Produção Industrial e vendas da China avançam em valores abaixo do esperado – A China divulgou nesta quinta-feira (15) importantes indicadores que apontam que a economia ainda está crescendo, entretanto a um ritmo abaixo do esperado. A produção industrial avançou 3,5% em maio na comparação anual, ao passo que as vendas no varejo subiram 12,7%, também na comparação com maio de 2022. Ambos resultados vieram mais fracos que os registrados em abril. Os dois indicadores ficaram abaixo do previsto pelo consenso Refinitiv, o qual estimava 3,6% na produção industrial e 13,6% nas vendas no varejo.

 

Taxa de desemprego se mantém estável na China – A taxa de desemprego que considera apenas cidadãos chineses entre 25 e 59 anos, que compõem a maior parte do mercado de trabalho, caiu ligeiramente de 4,2% para 4,1%, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). A taxa de desemprego pesquisada nas 31 principais cidades foi de 5,5%, inalterada em relação ao mês anterior. O porta-voz do NBS, Fu Linghui, disse em uma coletiva de imprensa que a situação geral do emprego está melhorando, mas o emprego total e as pressões estruturais não podem ser ignorados. Em maio, o número de jovens de 16 a 24 anos na China ultrapassou 96 milhões, dos quais mais de 33 milhões entraram no mercado de trabalho, disse Fu. Desses jovens, mais de 26 milhões encontraram trabalho e cerca de 6 milhões ainda estão procurando trabalho.

 

CPI anual da zona do euro recua em maio– O índice de inflação ao consumidor (CPI) de maio ficou em 6,1% na comparação com maio do ano passado, abaixo dos 7,0% observado no mês anterior, conforme dados finais divulgado nesta sexta-feira (16) pelo Eurostat. Os dados de maio ficaram em linha com as estimativas do Eurostat e o consenso dos analistas da Refinitiv, que esperavam que o CPI chegasse a 0% no comparativo mensal e 6,1% no comparativo anual. Já o núcleo da inflação, que exclui variações nos preços de energia, alimentos, bebidas e fumo, diminuiu ligeiramente em maio na base anualizada, de 5,6% para 5,3%. No mês, o núcleo da inflação ficou em 0,2%.

 

Produção industrial da zona do euro avança 1% em abril – A produção industrial da zona do euro avançou 1% em abril ante março, conforme dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira (14) pelo Eurostat. O número superou as expectativas do consenso Refinitiv que previam alta de 0,8%.

 

Data Referência (09/06/2023 a 15/06/2023)

CDI: 0,25%

Dólar: -1,83%

Ibovespa: 3,23%

IDkA IPCA 2A: 0,24%

IMA-B: 0,23%

IMA-B 5: 0,24%

IMA-B 5+: 0,23%

IMA Geral Ex-C: 0,29%

IRF-M: 0,38%

IRF-M 1: 0,29%

IRF-M 1+: 0,43%

S&P 500: 3,71%

IPCA + 4,90%: 0,17%

 

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