BRASIL
IPCA de julho registra deflação – Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram queda dos preços do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País. O indicador retraiu 0,08% em junho e acumula alta de 2,87% no ano e 3,16% em 12 meses. O dado veio abaixo do esperado pelos analistas do consenso Refinitiv, que previam uma queda de 0,10% no mês e a variação de +3,17% no ano. Os grupos que contribuíram com maior impacto na métrica mensal foram Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%).
Setor de serviços tem resultado positivo em maio – Na série com ajuste sazonais, o volume de serviços do país avançou 0,9% na transição de abril para maio, após registrar queda de 1,5% no mês anterior. Os dados divulgados representam um avanço de 4,7% na comparação com maio de 2022. As projeções coletadas pelo Consenso Refinitiv apontavam para uma alta de 0,3% na comparação mensal e 3,8% para a leitura anual. Dentre as atividades que mais contribuíram para o indicador, se destaca o setor de transportes (2,2%) que recuperou parte das perdas (-4,3%) apresentadas em abril.
Produção industrial de maio é destaque – Os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) regional realizada pelo IBGE apontou que a produção industrial cresceu em 10 dos 15 locais pesquisados em maio de 2023. A comparação foi feita em relação a maio de 2022 e representa um avanço de 1,9% na atividade. Os destaques positivos concentraram-se nos estados de Amazonas, Pernambuco e Paraná, que apresentaram altas de 12,8%, 5,6% e 5,3%, respectivamente. Com as maiores variações negativas estão Santa Catarina (-2,7%), Bahia (-2,4%) e Rio de Janeiro (-1,5%).
Vendas no varejo apresentam retração em maio – De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, o volume de vendas do varejo brasileiro apresentou queda de 1% em maio, na comparação com abril. No acumulado anual e em 12 meses, a métrica permanece positiva, com altas de 1,3% e 0,8%, respectivamente. O mercado previa um desempenho inferior para atividade no mês, apontando estabilidade. Para o indicador anual, a previsão era de alta de 1,95%. Dentre as oito atividades analisadas pela pesquisa, quatro mostraram queda e quatro mostraram alta, com destaque para o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que retraiu 3,2%.
CNI divulga nova projeção para PIB brasileiro – O Informe Conjuntural divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) referente ao segundo trimestre de 2023 elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,2% para 2,1%. A revisão contabiliza o bom resultado obtido pelo setor agropecuário que avançou 21,6% no primeiro trimestre do ano. Todavia, segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, “se isolarmos o resultado da agropecuária, o ritmo de crescimento do Brasil desacelerou. A indústria enfrenta os efeitos dos juros altos, com restrição no crédito bancário, o que vemos penalizar tanto empresários quanto consumidores. Além disso, o setor de serviços, que acumulou avanços expressivos desde 2020, também agora se encontra em movimento de desaceleração”
Americanas tem proteção contra cobranças de credores prorrogada – A Justiça do Estado do Rio de Janeiro acatou o pedido da Americanas para prorrogar para mais 180 dias o prazo de proteção contra cobrança de credores. A decisão foi informada pela empresa nesta terça-feira (11) e mantêm suspensas todas as ações e execuções existentes contra a companhia. Adicionalmente, em decisão do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Americanas terá de fornecer a lista de seus acionistas ao Instituto Ibero-Americano da Empresa, associação que iniciou o processo de arbitragem contra a empresa. O instituto pediu a listagem de acionistas em 31 de maio, mas até o momento não recebeu retorno pela Americanas.
MUNDO
Inflação ao consumidor da China fica estável em junho – Segundo a agência nacional de estatística, a NBS, o índice de preços ao consumidor (CPI) da China retraiu 0,2% em junho ante maio e ficou estável (0,0%) na comparação com junho do ano anterior. Dentre os produtos pesquisados, os preços dos alimentos subiram 2,3% na comparação com junho do ano anterior, enquanto o preço de itens não alimentícios retraiu 0,6% no mesmo período. Com relação ao núcleo da inflação, o avanço foi de 0,4% na comparação anual.
Índice de preços ao produtor da China tem queda em junho – O índice de preços ao produtor (PPI) chinês apresentou retração de 0,8% e 5,4% na comparação mensal e anual, respectivamente. Em junho, 25 dos 40 setores industriais pesquisados registraram preços menores, influenciados, em grande parte, pela retração dos preços das commodities, incluindo petróleo e carvão. O dado veio acima das projeções esperadas pelo consenso Refinitiv, que apontavam uma queda anualizada um pouco mais fraca em junho, de 5%.
CPI dos Estados Unidos registra alta em junho – De acordo com as informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho americano, a inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) teve alta de 0,2% em junho, após apresentar alta de 0,1% em maio. Com o resultado, a inflação no acumulado de 12 meses desacelerou de 4,0% para 3,0%. Considerando a estimativa para o núcleo de inflação, houve aumento no indicador mensal de 0,2% e 4,8% em 12 meses.
Inflação ao produtor dos EUA sobe menos que o esperado em junho – Divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Departamento de Trabalho norte americano, o índice de preços ao produtor dos EUA avançou 0,1% em junho, ante maio, de acordo com os dados dessazonalizados. Na comparação anual, a alta foi de 0,1%. A métrica veio abaixo da expectativa coletada pelo consenso Refinitiv, que previa alta de 0,2% na comparação mensal e 0,4% na anual. Para os dados referentes ao núcleo da inflação, houve avanço de 0,1% em junho, após estabilidade em maio. Nos 12 meses encerrados em junho, o núcleo subiu 2,6%.
Mesmo com teto da dívida, previsão é que déficit dos EUA seguirá aumentando – A agência de classificação de risco Fitch Ratings apontou que o déficit fiscal dos Estados Unidos permanecerá aumentando nos próximos dois anos, mesmo com a aprovação do acordo do teto da dívida fidelizado no início de junho. De acordo com estimativas da entidade, o déficit dos gastos gerais do governo chegará a 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, uma alta de 2,6 pontos porcentuais em relação a 2022. Para 2024 e 2025, a projeção é de 6,6% e 6,9% do PIB, respectivamente. Segundo a Fitch, as estimativas “refletem o impacto de um crescimento mais baixo, novas iniciativas de gastos e uma carga de juros mais alta, e os governos estaduais e locais revertendo para déficits agregados após um pequeno superávit em 2022”.
Banco Central do Canadá eleva taxa de juros – Após reunião realizada nesta quarta-feira (12), o Banco Central do Canadá (BoC) elevou em 25 pontos-base sua principal taxa de juros, atingindo o patamar de 5%. A alta é resultado da persistência de pressões inflacionárias no país. Em comunicado, a autoridade monetária ponderou que a inflação anual desacelerou para 3,4% em maio, após atingir o pico de 8,1% durante o verão local, mas ressaltou que os dados referentes ao núcleo da inflação se mantêm persistentes, o que exige a continuação do aperto monetário.
Produção industrial na zona do euro tem alta em maio – Na comparação com o mês de abril, a produção industrial da zona do euro avançou 0,2% em maio. A informação foi divulgada pela Eurostat nesta quinta-feira (13). Apesar do avanço mensal, na comparação com maio de 2022, o indicador apontou queda de 2,2%. As estimativas vieram mais pessimista do que o esperado pelo consenso Refinitiv, que projetava alta de 0,3% em maio e queda de 1,2% na comparação anual.
Diretor do Fed projeta mais dois aumentos nas taxas de juros dos EUA em 2023 – Em um evento realizado pelo Money Marketeers da Universidade de Nova York, o diretor o Federal Reserve (Fed), Christopher Walle, ponderou ser factível mais dois aumentos de 25 pontos-base na taxa de juros básica americana até o fim do ano para ancorar a inflação à meta de 2%. Waller acrescentou a necessidade de manter a política por mais tempo no campo restritivo e que será necessário avaliar os próximos dados para fundamentar as decisões futuras.
Data Referência (06/07/2023 a 12/07/2023)
CDI: 0,25%
Dólar: -1,07%
Ibovespa: -1,57%
IDkA IPCA 2A: 0,14%
IMA-B: 0,06%
IMA-B 5: 0,12%
IMA-B 5+: 0,02%
IMA Geral Ex-C: 0,22%
IRF-M: 0,35%
IRF-M 1: 0,21%
IRF-M 1+: 0,41%
S&P 500: 0,57%
IPCA + 4,90%: 0,15%