Boletim Econômico – 12.12.2025

INTERNACIONAL

Fed corta juros em 0,25 p.p. e sinaliza pausa no ciclo – O Federal Reserve decidiu, nesta quarta-feira (10), cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, marcando a terceira redução consecutiva. A decisão, em linha com as expectativas do mercado, foi tomada em votação dividida e veio acompanhada de um sinal de cautela, com o comitê indicando que novos ajustes dependerão da evolução dos dados de inflação e do mercado de trabalho. Na avaliação da conjuntura econômica, o Fed destacou que a atividade segue em ritmo moderado, enquanto a inflação permanece acima da meta, reforçando a expectativa de uma pausa no ciclo de cortes no curto prazo.

BCE sinaliza possível revisão para cima do crescimento da zona do euro – A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, declarou nesta quarta-feira (10) que a autoridade monetária pode voltar a elevar as projeções de crescimento da zona do euro na atualização de dezembro. Segundo Lagarde, a economia do bloco tem demonstrado resiliência maior do que o esperado, mesmo em um contexto de incertezas e tensões no comércio internacional. A presidente ressaltou que as projeções já foram revisadas para cima nos ÚLTIMOS exercícios e avaliou que esse movimento pode se repetir caso o desempenho econômico continue surpreendendo positivamente. Lagarde também afirmou que a política monetária está em um “bom lugar”, sinal interpretado pelo mercado como indicação de manutenção das taxas de juros nos níveis atuais no curto prazo.

Inflação da China acelera para 0,7% em novembro, mas pressões seguem contidas – De acordo com os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira (10), o índice de preços ao consumidor da China subiu a taxa anualizada de 0,7% em novembro, o maior avanço desde fevereiro de 2024. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta dos preços de alimentos, que avançaram 0,2% em relação ao ano anterior, após queda de 2,9% em outubro. Na variação mensal, porém, a inflação recuou 0,1%, indicando que as pressões inflacionárias permanecem contidas. Já o índice de preços ao produtor continuou em trajetória negativa, com queda de 2,2% na comparação anual, reforçando o risco de deflação na economia chinesa e sinalizando fraqueza na demanda interna.

Balança comercial dos EUA registra déficit de US$ 52,8 bilhões em setembro – A balança comercial dos Estados Unidos registrou déficit de US$ 52,8 bilhões em setembro, segundo informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira (11). O resultado refletiu o avanço das exportações, que cresceram 3% em relação a agosto e alcançaram US$ 289,3 bilhões, enquanto as importações aumentaram 0,6%, totalizando US$ 342,1 bilhões. O movimento aponta para alguma recuperação das vendas externas, embora o déficit comercial permaneça em nível elevado.

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA somam 236 mil no início de dezembro – Os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 236 mil na primeira semana de dezembro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho. O número representou aumento em relação aos 192 mil pedidos da semana anterior, mas ficou abaixo das projeções para o período encerrado em 6 de dezembro. Apesar da alta semanal, o resultado segue em patamar compatível com a atual resiliência do mercado de trabalho dos EUA, apesar dos sinais recentes de moderação na criação de vagas.

NACIONAL

Copom mantém Selic em 15% ao ano pela quarta reunião consecutiva – O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão, que ocorreu em unanimidade e veio conforme as expectativas do mercado, marcou a quarta deliberação consecutiva pela manutenção da taxa básica de juros no patamar atual. Em comunicado, o Banco Central avaliou que o cenário econômico permanece marcado por incertezas, o que exige cautela e reforça a necessidade de manter os juros em nível elevado por um período prolongado, a fim de assegurar a convergência da inflação à meta. Quanto aos próximos passos, a autoridade monetária não deu sinais claros sobre a trajetória futura da política monetária, afirmando que eventuais ajustes dependerão da evolução dos dados de inflação, da atividade econômica e das expectativas.

IPCA sobe 0,18% em novembro e inflação em 12 meses fica em 4,46% – Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acelerou para 0,18% em novembro, após alta de 0,09% em outubro. Com o resultado, o índice acumula avanço de 3,92% no ano e de 4,46% em 12 meses. No mês, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva, com destaque para Despesas Pessoais e Habitação. Por outro lado, grupos como Alimentação e Bebidas, Artigos de Residência e Comunicação registraram queda.

Setor de serviços cresce 0,3% em outubro, a nona alta consecutiva – De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo IBGE, o volume de serviços no Brasil avançou 0,3% em outubro frente a setembro. Na comparação com o mesmo mês de 2024, o setor cresceu 2,2%. Este foi o nono resultado positivo consecutivo, mantendo o setor em patamar recorde e mais de 20% acima do nível pré-pandemia. Todas as cinco atividades pesquisadas registraram expansão, com destaque para transportes, impulsionados pelos segmentos aéreo e rodoviário de cargas, reforçando a resiliência do setor de serviços.

Vendas no varejo avançam 0,5% em outubro – O IBGE informou nesta quinta-feira (11) que as vendas no varejo brasileiro cresceram 0,5% em outubro frente ao mês anterior, superando as expectativas do mercado, que apontavam queda no mês. Na comparação anual, houve alta de 1,1%, marcando a primeira expansão estatisticamente relevante desde março. O desempenho foi disseminado entre os setores, com destaque para Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (3,2%), Combustíveis e Lubrificantes (1,4%) e Móveis e Eletrodomésticos (1,0%). Os resultados indicam melhora do consumo, apesar do ambiente ainda restritivo de crédito.

Fluxo cambial registra entrada de US$ 4,7 bilhões na primeira semana de dezembro – Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (10), o fluxo cambial do Brasil registrou entrada líquida de US$ 4,710 bilhões na semana encerrada em 5 de dezembro. O resultado foi impulsionado principalmente pelo canal financeiro, que teve ingresso líquido de US$ 2,373 bilhões, refletindo maior entrada de recursos externos em um contexto de juros domésticos elevados e de flexibilização monetária gradual nos Estados Unidos.

Data Referência (05/12/2025 até 11/12/2025)

CDI: 0,28%

Dólar: 2,43%

Ibovespa: -3,20%

IDkA IPCA 2 Anos: -0,16%

IMA Geral ex-C: -0,23%

IMA-B: -0,90%

IMA-B 5: -0,32%

IMA-B 5+: -1,36%

IRF-M: -0,70%

IRF-M 1: 0,24%

IRF-M 1+: -1,09%

S&P 500 (Moeda Original): 0,64%

IPCA + 5,62%: 0,21%