Boletim Econômico – 10.11.23

Internacional:

 

Déficit comercial dos EUA avança em setembro – Conforme dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano, o déficit comercial dos Estados Unidos registrou um aumento de 4,9% na comparação mensal de setembro, atingindo US$ 61,54 bilhões. Este valor superou as expectativas do mercado, que, de acordo com o FactSet, projetavam um saldo negativo em setembro de US$ 59,8 bilhões. Além disso, o déficit da balança de agosto foi revisado para cima, passando de US$ 58,3 bilhões para US$ 58,66 bilhões. No mesmo período, as exportações dos EUA cresceram 2,2%, alcançando US$ 261,11 bilhões, enquanto as importações tiveram um avanço de 2,7%, totalizando US$ 322,66 bilhões.

 

PMI de serviços na zona do euro tem queda em outubro – O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da zona do euro registrou uma queda de 48,7 em setembro para 47,8 em outubro, marcando o menor patamar em 32 meses e representando o terceiro mês consecutivo de retração. Em consequência, o índice composto, que engloba serviços e indústria, declinou de 47,2 para 46,5. Os dados da pesquisa de serviços indicam um agravamento nas condições de demanda enfrentadas pelos empresários, evidenciado pela redução nos volumes de novos negócios ao menor ritmo desde janeiro de 2021.

 

Vendas no varejo na zona do euro caem em setembroConforme os dados divulgados pela Eurostat, o volume de vendas no comércio varejista da zona do euro apresentou uma queda de 0,3% em setembro em relação a agosto. O mercado estimava queda de 0,2%. Em comparação com setembro de 2022, a retração foi de 2,9%, contrastando com a queda de 1,8% registrada em agosto. Os dados anualizados apresentaram retração superior às projeções do consenso Refinitiv de analistas, que esperavam uma redução de 3,1% na comparação anual. Na União Europeia como um todo, o setor varejista teve uma diminuição de 0,2% em setembro em relação a agosto e de 2,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

 

Inflação ao produtor da China tem movimento de queda em outubro – O índice de preços ao produtor (PPI) da China registrou uma queda de 2,6% em termos anuais em outubro, marcando o 13º mês consecutivo em que o indicador permanece no campo negativo. Em relação à inflação ao consumidor (CPI), houve uma diminuição de 0,1% na comparação mensal e de 0,2% na anual. Os dados referentes à inflação na China ficaram em linha com as expectativas dos analistas. O consenso Refinitiv projetava uma redução de 2,7% nos preços industriais em outubro, enquanto a mediana das estimativas para o CPI indicava estabilidade na comparação mensal e uma queda de 0,1% na anual.

 

FMI eleva projeções de crescimento para China – Conforme revisões realizadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a projeção de crescimento para a economia da China é de 5,4% este ano, impulsionada por uma “forte” recuperação após os impactos da pandemia de COVID-19. Entretanto, para o ano de 2024, o FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês apresentará uma expansão menor, estimada em 4,6%, devido à persistente fragilidade no setor imobiliário e à demanda externa contida. No médio prazo, o FMI antecipa uma desaceleração gradual do crescimento econômico da China, atingindo cerca de 3,5% até 2028. Essa moderação é atribuída a desafios como a baixa produtividade e o envelhecimento da população.

 

Fenômeno El-Niño deve durar até abril de 2024 – Conforme atualizações divulgadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, o evento climático El Niño, que já está em curso, deverá persistir pelo menos até abril de 2024. O El Niño desenvolveu-se rapidamente durante o período de julho a agosto, atingiu força moderada em setembro e provavelmente atingirá o pico como um evento forte entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, segundo a organização. Existe uma probabilidade de 90% de que ele persista durante o próximo inverno no Hemisfério Norte e o verão no Hemisfério Sul.

 

 

Nacional

 

Copom reforça cenário de maior cautela em ata Na ata divulgada ao mercado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) nesta terça-feira (7), a ampliação das incertezas em torno da capacidade do governo em alcançar as metas fiscais preestabelecidas destaca-se como um ponto de atenção no cenário econômico. A autoridade argumenta que é essencial um comprometimento com as contas públicas para a ancoragem das expectativas de inflação e, por conseguinte, para a condução eficaz da política monetária. Apesar dessas considerações, os membros do Copom mantiveram, de maneira unânime, a postura adotada nos últimos meses, concordando com a continuidade do ritmo de reduções de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.

 

IPCA tem alta abaixo do esperado em outubro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação positiva de 0,24% em outubro. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 4,82%. Este resultado ficou aquém das expectativas, uma vez que o consenso Refinitiv estimava uma inflação de 0,29% na comparação mensal e de 4,87% em 12 meses. O desempenho de outubro foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes (0,07 p.p.), puxado pelo aumento nos preços das passagens aéreas, que apresentaram uma elevação de 23,70%, e Alimentação e Bebidas (0,07 p.p.), que subiu após uma sequência de quatro quedas consecutivas.

 

Vendas no varejo têm alta em setembro Após uma queda de 0,1% em agosto, o volume de vendas no varejo do país apresentou um avanço de 0,6% em setembro. Em comparação com setembro de 2022, observou-se um aumento de 3,3%, enquanto o acumulado no ano e nos últimos doze meses registrou 1,8% e 1,7%, respectivamente. Estes resultados superaram as projeções dos analistas do consenso Refinitiv, que esperavam estabilidade nas vendas no mês (0,0%) e estimavam um avanço de 2,5% na comparação anual.

 

Produção industrial cresce em 5 dos 15 locais pesquisados em setembro De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes à Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, a produção industrial registrou crescimento em cinco dos quinze locais pesquisados. A produção industrial brasileira teve uma variação de 0,1% na passagem de agosto para setembro. Os maiores recuos foram observados em Pernambuco (-12,8%), Amazonas (-6,1%) e Rio Grande do Sul (-5,4%), enquanto os maiores avanços foram registrados no Pará (16,1%), Rio de Janeiro (3,1%) e Ceará (2,2%).

 

Reforma tributária é aprovada no Senado O Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), o texto-base da reforma tributária sobre o consumo, cujo principal propósito é a simplificação do sistema tributário no Brasil. A reforma traz a criação do IVA dual, composto por dois novos tributos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). O primeiro será administrado pela União, substituindo o IPI, PIS e Cofins, enquanto o segundo terá gestão compartilhada entre Estados e municípios, consolidando o ICMS e o ISS. Dentre as modificações efetuadas, destaca-se a inclusão do gás de botijão no programa de cashback obrigatório destinado a famílias de baixa renda. Em virtude das alterações no texto, será necessário o retorno do projeto à Câmara dos Deputados antes da eventual sanção presidencial.

 

Americanas recebe suspensão da B3 de selo de Novo Mercado A B3 suspendeu o uso do selo de Novo Mercado pela Americanas e multou 22 pessoas físicas ligadas à sua administração, após concluir um processo aberto em março. A Americanas já havia sido excluída dos índices da B3. A perda do selo, contudo, não implica na sua saída do Novo Mercado, ou seja, a varejista continua sujeita às regras desse sistema. As infrações cometidas estão relacionadas à efetividade das estruturas de fiscalização e controles internos, efetividade da política de gerenciamento de risco, assim como, avaliação das informações financeiras e suas respectivas auditorias.

 

Data Referência (03/11/2023 a 09/11/2023)

CDI: 0,23%

Dólar: -2,36%

Ibovespa: 3,46%

IDkA IPCA 2A: 0,34%

IMA-B: 0,63%

IMA-B 5: 0,34%

IMA-B 5+: 0,90%

IMA Geral Ex-C: 0,45%

IRF-M: 0,59%

IRF-M 1: 0,25%

IRF-M 1+: 0,74%

S&P 500: 2,58%

IPCA + 5,20%: 0,18 %

 

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