Boletim Econômico – 03.05.24

INTERNACIONAL:

Fed mantém taxa de juros nos EUA e vê falta de progresso na inflação – O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira (01) que decidiu, em decisão unânime, pela manutenção dos juros básicos da economia em seu atual patamar, que oscila dentro de uma banda entre 5,25% e 5,50%. A resolução veio em linha com a ampla expectativa dos analistas. O Fed reforçou a necessidade de se ter mais confiança de que a inflação esteja convergindo de forma sustentável em direção à meta para que ocorra cortes nos juros. De acordo com o comunicado, “A inflação veio diminuindo ao longo do último ano, mas permanece elevada. Nos últimos meses, houve falta de progresso em direção à meta de inflação de 2%”. No texto, a autoridade monetária argumentou ainda que “As perspectivas econômicas são incertas e o Comitê permanece bastante atento aos riscos de inflação.”

Payroll: EUA criam 175 mil vagas de emprego em abril, abaixo do esperado – De acordo com os dados do payroll, divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o país criou 175 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de abril, abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam a criação de 243 mil. As áreas que mais criaram vagas de emprego foram saúde, assistência social, transportes e armazenamento. A taxa de desemprego ficou em 3,9% em abril, acima dos 3,8% registrado em março. Além disso, houve revisão para baixo dos dados divulgados em fevereiro, com o número de vagas criadas caindo de 270.000 para 236.000. Já os dados de março foram revistos para cima, avançando de 303.000 para 315.000.

PMI industrial dos EUA recua para 50,0 em abril – Segundo informou a S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos Estados Unidos retraiu para 50,0 em abril, ante 51,9 em março, retornando ao patamar de neutralidade. Conforme a pesquisa, em abril, houve uma modesta redução de novas encomendas pela primeira vez em quatro meses. Além disso, houve também uma redução no total de novos negócios. Contudo, segundo o economista chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, Chris Williamson, em contrapartida à queda no indicador, foi registrado um fortalecimento da demanda de bens de consumo que sugerem, de forma ampla, uma continuidade da recuperação econômica impulsionada pelo consumo no país.

PMI industrial da zona do euro recua para 45,7 em abril – Conforme publicou a S&P Global em parceria com o banco HCOB nesta quinta-feira (2), o PMI industrial da zona do euro recuou para 45,7 em abril, após 46,1 registrado em março, marcando o vigésimo segundo mês consecutivo em que a atividade industrial do bloco ficou abaixo de 50,0, nível que separa a contração da expansão. O dado veio marginalmente acima do projetado pelos analistas, que esperavam uma retração para 45,6.

Taxa de desemprego na zona do euro se mantém em 6,5% em março – A Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, divulgou nesta sexta-feira (3) que a taxa de desemprego na zona do euro se manteve estável em 6,5%. Em março de 2023, a taxa de desemprego na zona do euro era de 6,3%. No que se refere à União Europeia, o desemprego ficou em 6,0%, abaixo dos 6,1% registrados no mês anterior. Conforme estima a Eurostat, o total de pessoas desempregadas em março foi de 13,258 milhões na UE, das quais 11,087 milhões correspondem à área do euro.

Inflação preliminar de abril na zona do euro atinge 2,4% – Conforme dados preliminares divulgados pela Eurostat, o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro de abril foi de 2,4% na base anual, permanecendo estável em relação ao dado do mês de março. Na leitura mensal, o CPI de abril subiu 0,6%, desacelerando ante a variação de 0,8% observada no mês anterior. Em relação ao núcleo do CPI, que exclui elementos mais voláteis como alimentos e energia, também houve desaceleração, passando de 2,9% em março para 2,7% em abril.

PMI industrial da China recua para 50,4 em abril – De acordo com os dados oficiais divulgados nesta terça-feira (30), pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), o PMI do setor manufatureiro da China caiu de 50,8 em março para 50,4 em abril. O dado veio acima do estimado pelos analistas, que projetavam um PMI de 50,3. Com relação ao PMI do setor não manufatureiro, que abrange tanto a atividade de serviços como a de construção, também houve retração, de 53,0 em março para 51,2 em abril.

 

NACIONAL:

IGP-M sobe 0,31% em abril – Conforme publicado nesta segunda-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,31% em abril, após cair 0,47% em março e 0,52% em fevereiro. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o indicador permanece em deflação de -0,60% e -3,04%, respectivamente. O resultado do mês de abril veio acima do estimado pelos analistas, que projetavam uma inflação de 0,05%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) puxou o IGP-M para cima ao subir 0,29%, após queda de 0,77% em março. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, variou 0,32% em abril, acelerando em relação aos 0,29% do mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,41%, após 0,24% em março.

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$ 741 mi em abril até dia 26, diz BC – Conforme dados preliminares referentes ao câmbio contratado divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (2), o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 741 milhões em abril até o dia 26. Pela via financeira, houveram saídas líquidas de US$ 10,635 bilhões em abril (até o dia 26). Já o canal comercial registrou saldo positivo em US$ 9,893 bilhões no mesmo período. No que se refere ao acumulado do ano até 26 de abril, o país registra fluxo cambial total positivo de US$ 4,021 bilhões. No mesmo período em 2023, o fluxo estava positivo em US$ 13,316 bilhões.

Governo central tem déficit primário de R$ 1,5 bi em março, pior que o esperado – O Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (29) que o governo central registrou déficit primário de R$ 1,527 bilhão em março, um resultado pior do que o estimado pelos analistas, que esperavam um saldo positivo de R$ 1,522 bilhão no mês. Em relação aos últimos 12 meses, o governo central acumula déficit de R$ 247,4 bilhões, equivalente a 2,2% do PIB, em valor corrigido pela inflação. A receita líquida apresentou, em termos reais, um acréscimo equivalente a R$ 12,6 bilhões (+8,3%) ante março de 2023, enquanto a despesa total aumentou R$ 6,8 bilhões (+4,3%) na mesma comparação. No que se refere ao primeiro trimestre de 2024, o resultado acumulado ficou positivo em R$ 19,431 bilhões, abaixo do saldo positivo de R$ 31,209 bilhões verificado no mesmo período do ano passado.

Desemprego avança para 7,9% no trimestre encerrado em março – Segundo informou nesta terça-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, com alta de 0,5 ponto percentual ante ao trimestre encerrado em dezembro de 2023. Contudo, essa taxa ficou abaixo dos 8,8% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. O aumento da desocupação na comparação trimestral foi influenciado pelo aumento na quantidade de pessoas em busca de trabalho, que cresceu 6,7%, frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, correspondendo a 542 mil pessoas. Apesar da alta, o número permanece 8,6% abaixo do total registrado no mesmo trimestre móvel de 2023, apontaram os dados da pesquisa.

Caged: Brasil abre 244.315 empregos formais em março, acima do esperado – Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil criou 244.315 novas vagas formais de trabalho em março, revelando um dado acima do esperado pelos analistas, que projetavam uma criação de 188.000 empregos. O número foi o maior para o mês de março desde 2010 (+266.415), de acordo com dados sem ajustes. Contudo, o saldo positivo de março representou uma desaceleração ante ao dado de fevereiro, de criação de 306.708 postos de trabalho. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, o país criou, em termos líquidos, 719.033 empregos formais, mais do que o saldo de 536.869 do mesmo período do ano anterior.

Data Referência (26/04/2024 a 02/05/2024)

CDI: 0,16%

Dólar: -0,96%

Ibovespa: 1,99%

IDkA IPCA 2A: 0,27%

IMA-B: -0,14%

IMA-B 5: 0,20%

IMA-B 5+: -0,47%

IMA Geral Ex-C: 0,14%

IRF-M: 0,46%

IRF-M 1: 0,23%

IRF-M 1+: 0,57%

S&P 500: 0,31%

IPCA + 5,25%: 0,13%

 

Gostou desse conteúdo exclusivo?
Então não deixe de nos acompanhar também nas redes sociais e ficar por dentro dos assuntos mais relevantes sobre economia, investimentos, Pró-Gestão, ALM e muito mais para o dia a dia do seu RPPS.
LEMA, consultoria de investimentos para todos os RPPS.