Boletim Econômico – 02.02.24

Internacional:

 

Fed mantém taxa de juros nos EUA Esta foi a quarta reunião consecutiva em que, o Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve decidiu por manter inalterada a taxa de juros básica da economia do país. A deliberação, comunicada nesta quarta-feira (31), mantém os juros oscilando na faixa entre 5,25% e 5,50%. De acordo com os dirigentes do Fed, os indicadores recentes evidenciam uma expansão sólida da atividade econômica, ganhos de emprego moderados e uma taxa de desemprego persistentemente baixa. Apesar de um processo de desaceleração, a inflação permanece acima da meta de 2%. O Comitê reiterou seu compromisso em avaliar continuamente as perspectivas econômicas e está preparado para ajustar a orientação da política monetária, caso seja necessário.

 

PIB da zona do euro e da União Europeia mantêm estabilidade no quarto trimestre – Conforme informações preliminares divulgadas pelo Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro manteve-se estável no quarto trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior. Este resultado superou ligeiramente as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que projetavam uma queda de 0,1%. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, a economia na área da moeda comum europeia registrou um crescimento de 0,1%, após ter permanecido estável no terceiro trimestre. No bloco econômico da União Europeia como um todo, o PIB ficou estável no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior e apresentou um crescimento de 0,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

 

Prévia da inflação do consumidor na zona do euro recua em janeiro – Os dados preliminares do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da zona do euro indicaram uma queda de 0,4% em janeiro em comparação com dezembro. Com esse resultado, a taxa anualizada de inflação manteve a tendência de desaceleração, recuando de 2,9% para 2,8% em um mês. O núcleo da inflação também continuou a desacelerar gradualmente, passando de 3,4% em termos anuais em dezembro para 3,3% em janeiro. Na análise mensal, observou-se uma deflação de 0,9%.

 

Banco Central da Inglaterra mantém taxa de juros em 5,25% – Em decisão comunicada nesta quinta-feira (01), o Banco da Inglaterra (BoE) optou por manter sua taxa básica de juros em 5,25%. Esta é a quarta reunião consecutiva em que a taxa permanece inalterada. O comunicado da decisão ressalta que a política monetária será mantida em níveis restritivos pelo tempo necessário para que a inflação retorne de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo. Apesar da desaceleração, a taxa de inflação ao consumidor (CPI) no país está em 4,0%, enquanto a meta estabelecida pelo BoE é de 2,0%.

 

China divulga novas medidas de apoio ao setor imobiliário – Um projeto imobiliário apoiado pelo governo chinês recebeu o primeiro empréstimo para sua concretização. O plano envolve a implementação de uma lista de permissões e a redução das restrições para a compra de casas em duas grandes cidades da China. Essas medidas recentes se somam a uma série de outras iniciativas implementadas pelo país para impulsionar o setor imobiliário. Suzhou e Xangai, duas das principais cidades chinesas, seguiram Guangzhou ao flexibilizar as restrições à compra de imóveis.

 

Justiça ordena liquidação da Evergrande – A Justiça de Hong Kong decretou a liquidação da empresa chinesa Evergrande nesta segunda-feira (29), após a companhia do setor imobiliário não conseguir chegar a um acordo com seus credores. Com um passivo de US$ 300 bilhões, a empresa deixou de cumprir compromissos financeiros há dois anos, iniciando negociações para a reestruturação da dívida. Após a decisão, a construtora foi avaliada em apenas US$ 275 milhões (R$ 1,35 bilhão), antes de as negociações de suas ações serem interrompidas – uma queda de mais de 99% em relação ao pico.

 

Moody’s rebaixa rating da Gol – O rating de crédito da Gol foi rebaixado de “Caa2” para “Ca” pela Moody’s após a companhia aérea ter apresentado o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A perspectiva foi classificada como negativa pela agência, refletindo a visão de um período prolongado de recuperação para a Gol e uma flexibilidade financeira limitada durante o processo de reorganização.

 

Nacional

 

Banco Central reduz taxa Selic Em decisão divulgada nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil optou por realizar um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Com essa decisão unânime, a taxa de juros passou de 11,75% para 11,25% ao ano. O comunicado que acompanhou a decisão destacou a conjuntura atual, caracterizada por um processo desinflacionário mais lento, expectativas de inflação com reancoragem parcial e um cenário global desafiador, demandando “serenidade e moderação” na condução da política monetária. O texto ressaltou a importância da execução das metas fiscais para ancorar as expectativas de inflação e antecipou a possibilidade de novos cortes de mesma magnitude se o cenário esperado se concretizar.

 

Brasil tem queda na taxa de desemprego – De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, a taxa de desemprego atingiu 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023. Isso representa uma queda de 0,3 p.p. em comparação com o trimestre de julho a setembro. A taxa média anual do índice foi de 7,8% em 2023, apresentando uma retração de 1,8 p.p. em relação a 2022, quando estava em 9,6%. Este é o menor valor desde 2014, quando registrou 7,0%.

 

Produção industrial avança em janeiro – A produção industrial brasileira registrou o quinto mês consecutivo de alta, com um crescimento de 1,1% em dezembro, acelerando em relação à alta de 0,7% registrada em novembro. No acumulado de 2023, a produção industrial fechou em alta de 0,2%, revertendo a queda de 0,7% registrada em 2022. O resultado de dezembro superou as expectativas dos analistas, que previam um aumento de 0,3% no mês e de 0,1% para o ano. Três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento em dezembro, com destaque para a indústria extrativa, que avançou 2,2% no período.

 

IGP-M apresenta recuo em janeiro – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma queda de 0,07% em janeiro, em comparação com o aumento de 0,74% registrado em dezembro. Este resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam uma inflação de 0,26% no mês. Nos últimos 12 meses, o índice acumula uma deflação de 3,32%. Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor (IPA) mostrou uma queda de 0,09%, ante alta de 0,97% em dezembro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou para 0,23% em janeiro, ante 0,26% em dezembro. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou uma variação de 0,59% em janeiro, um aumento considerável em relação à taxa de 0,14% observada em dezembro.

 

Governo Central registra déficit primário em 2023 – Em 2023, o Governo Central registrou um déficit primário de R$ 230,535 bilhões, equivalente a 2,1% do PIB, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional. Esse valor representa o segundo pior déficit primário da série histórica e foi fortemente influenciado pela medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o pagamento de precatórios. Em dezembro, o déficit primário foi recorde, atingindo R$ 116,147 bilhões. O Tesouro informou que, sem a regularização dos pagamentos judiciais, o déficit de dezembro seria de R$ 23,8 bilhões, totalizando um saldo negativo de R$ 138,1 bilhões no acumulado do ano.

 

FMI eleva projeção do PIB para o Brasil em 2024 – O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua projeção de crescimento para o PIB brasileiro em 2024, aumentando de 1,5% (projeção anterior) para 1,7%. No entanto, a economia brasileira deve desacelerar em comparação com 2023, quando registrou um avanço de 3,1%. Para o ano de 2025, o FMI projeta um crescimento de 1,9% para o Brasil. Em relação à América Latina, a entidade estima um crescimento de 1,9% para este ano e de 2,5% em 2025 na região.

Data Referência (26/01/2024 a 01/02/2024)

CDI: 0,22 %

Dólar: 0,24%

Ibovespa: 0,24%

IDkA IPCA 2A: -0,06%

IMA-B: 0,19%

IMA-B 5: 0,02%

IMA-B 5+: 0,35%

IMA Geral Ex-C: 0,24 %

IRF-M: 0,35%

IRF-M 1: 0,22%

IRF-M 1+: 0,40%

S&P 500: 0,25%

IPCA + 5,20%: 0,20%

 

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