Comparativo
Julho: -0,07%
Junho: 0,04%
Maio: 0,51%
Ano: 3,09%
Últimos 12 meses: 3,19%
A retração do índice veio maior que o projetado pelo mercado, que estimava deflação de 0,01%, segundo consenso Refinitiv.
Maiores impactos
Habitação: -0,14 p.p.
Alimentação e Bebidas: -0,09 p.p.
Maiores variações
Habitação: -0,94%
Alimentação e bebidas: -0,40%
Artigos de residência: -0,40%
IPCA-15 tem deflação de 0,07% em julho
O IPCA-15 de julho apresentou deflação de 0,07%, apontando variação negativa, o que não ocorria desde setembro de 2022. A retração do índice veio mais acentuada que a expectativa de mercado, que projetava queda de 0,01%. O índice acumula alta de 3,09% no ano e 3,19% em doze meses.
Quatro dos nove grupos apresentaram retração e impulsionaram o resultado do índice geral, enquanto os demais grupos apresentaram variação positiva. O maior impacto veio de Habitação, com -0,14 p.p., ao apresentar deflação de 0,94% de julho, ante variação positiva de 0,96% em junho. O segundo maior impacto negativo do mês foi de Alimentação e Bebidas, que contribui com -0,09 p.p., ao ter variação de -0,40% no período. Já do lado dos grupos que apresentaram alta nos preços, o maior impacto veio de Transportes (0,13 p.p.), que teve inflação de 0,63% no mês, após deflação de 0,55% em junho. A segunda maior variação positiva foi de Despesas pessoais, que teve alta de 0,38% e impactou o índice em 0,04 p.p..
O resultado do grupo Habitação, que foi o mais relevante do mês, teve como destaque a queda de preço da energia elétrica residencial (-3,45%), proporcionada pela incorporação do Bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas de julho. Já em relação ao grupo Transportes, que foi o destaque do lado positivo, as maiores variações foram de passagens aéreas e gasolina, que subiram 4,70% e 2,99%, respectivamente.
No que tange às regiões, Porto Alegre (0,34%) e Recife (0,31%) foram as que tiveram maiores variações positivas no índice de preços de julho, enquanto Goiânia (-0,52%) e Rio de Janeiro (-0,30%) apresentaram maior deflação.
O resultado do índice corrobora com as expectativas de que o Copom iniciará cortes na taxa Selic na próxima reunião do comitê, que ocorre no início de agosto.