Análise Técnica – 14.12.23

DECISÃO DE JUROS COPOM

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deliberou de maneira unânime, nesta quarta-feira (13), uma nova redução de 0,50 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros, resultando na diminuição da taxa Selic de 12,25% para 11,75% ao ano, equivalente ao patamar observado em março de 2022. Este representa o quarto corte consecutivo de 0,5 p.p..

A justificativa apresentada pela autoridade monetária para a redução baseia-se na melhora do cenário internacional, especialmente no que diz respeito ao arrefecimento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos. O Copom esclareceu que a magnitude dos cortes adotados está alinhada com o ritmo global de desinflação, ao mesmo tempo em que expressa cautela quanto à possibilidade de esse processo se desenrolar de forma mais gradual do que inicialmente previsto.

Internamente, ressalta-se a incerteza em relação ao compromisso do governo com a meta de déficit fiscal zero em 2024, bem como os indicadores de atividade econômica que corroboram com o curso do processo de desaceleração. Diante desses fatores, a queda nas taxas de juros é encarada como um processo gradual, indicando que alcançar os objetivos pode demandar tempo. A proximidade ou distância desse processo está sujeita a eventos futuros.

Em comunicado, a autoridade monetária assegurou que, mantido o cenário esperado, os membros do Comitê preveem, de forma unânime, futuras reduções de magnitude similar nas próximas reuniões, considerando tal ritmo apropriado para sustentar a política monetária contracionista necessária ao processo desinflacionário.

O Copom reiterou seu compromisso de manter uma política monetária contracionista até a consolidação do processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em relação às metas. Em outras palavras, a autoridade espera que o cenário futuro demonstre clareza quanto à possibilidade de atingir as metas de inflação para os próximos anos.

A meta de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% ao ano a partir de 2024, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já as expectativas dos analistas, coletadas pelo Boletim Focus, indicam projeção de inflação de 3,93% para 2024 e 3,50% para 2025.

 

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