Comparativo
Abril: 0,1%
Março: 0,8%
Fevereiro: 0,0%
Ano: 1,9%
Últimos 12 meses: 0,9%
O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, que estimava alta de 0,3%, segundo consenso Refinitiv.
Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (14) pelo IBGE, mostraram que as vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 0,1% em abril, ante variação positiva de 0,8% em março. Das oito atividades pesquisadas, apenas três apresentaram variações positivas, enquanto as outras cinco tiveram retração.
O indicador foi puxado principalmente pelo setor de hiper e supermercados (setor de maior peso), que apresentou avanço de 3,2%. O resultado positivo foi impulsionado pelas vendas da Páscoa, que voltaram ao padrão pré-pandemia, impulsionando o volume de vendas no mês. Os setores de “Livros, jornais, revistas e papelaria” e “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria” também apresentaram alta de 1,0% e 0,3%, respectivamente.
O desempenho negativo foi liderado por “Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação” com queda de 7,2%, seguido por “Tecidos, vestuário e calçados”, com queda de 3,7%. O resultado de “Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação”, que se encontra 17,8% abaixo do patamar pré-pandemia, sofre influência da variação cambial, sendo esse um fator que ajuda a explicar a volatilidade dos últimos meses (-9,7% em fevereiro; +6,3% em março e -7,2% em abril). Já os dados fracos de “Tecidos, vestuário e calçados” seguem uma tendência de baixa iniciada no período da pandemia da Covid-19. “Com o menor deslocamento das pessoas, houve menos necessidade de consumir produtos dessa natureza”, ressalta Cristiano Santos, gerente da pesquisa. O setor está 22,1% abaixo do nível pré-pandemia.
Quando olhamos para a segmentação territorial, 16 dos 27 estados da federação apresentaram resultados positivos.