IPCA de abril avança 0,61%, ficando 0,10% abaixo do registrado em março. O resultado veio acima do consenso Refinitiv, que era de 0,54% para o mês. O índice acumula 4,18% nos últimos doze meses e 2,72% no ano.
Todos os grupos apresentaram alta, com Saúde e cuidados pessoais marcando a maior variação com 1,49%, o que levou o maior impacto no índice como um todo, com variação de 0,19 p.p. Além deste, os grupos de Alimentação e bebidas e Transporte registraram alta de 0,71% e 0,56%, respectivamente. O grupo de Transportes inclusive desacelerou de 2,11%, valor registrado em março, influenciado por uma queda no preço dos combustíveis. Os maiores destaques individuais foram produtos farmacêuticos (3,55%), plano de saúde (1,20%), além da alta de alimentos como tomate (10,64%), leite longa vida (4,96%) e queijo (1,97%).
Apesar da queda do índice no acumulado dos últimos 12 meses, a expectativa é de elevação do índice durante o segundo semestre de 2023, pois os efeitos das desonerações tributárias implementadas em 2022 não estarão mais incluídos na contabilização de doze meses.
Além disso, a queda dos preços das commodities, que acumula -13,42% em doze meses, segundo o Índice de Commodities do Banco Central, e o cenário hídrico confortável, com bandeira verde para dezembro 2023, figuram como fatores positivos ao processo de convergência da inflação à meta, no horizonte para 2024.