O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, nesta terça-feira (10), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,02% em agosto, a primeira deflação em 14 meses, desacelerando intensamente após 0,38% em julho. Com o resultado, o IPCA acumula 2,85% no ano e 4,24% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses até julho. O resultado do mês veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal próxima da estabilidade e 4,30% em 12 meses.
Em agosto, dois dos nove grupos pesquisados registraram quedas em seus preços, influenciando significativamente o índice. Habitação recuou 0,51%, impactando o indicador em -0,08 p.p.. O resultado do grupo foi puxado pela queda nos preços da energia elétrica, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.
Alimentação e bebidas, por sua vez, recuou 0,44% no mês, apresentando o maior impacto negativo (-0,09 p.p.) no índice geral, influenciado pela queda de 0,73% de alimentação no domicílio, que recuou pelo segundo mês consecutivo.
No lado das altas, as maiores variações foram dos grupos Artigos de residência e Educação, que subiram 0,74% e 0,73%, respectivamente.
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus publicado na última segunda-feira (09) projeta o IPCA em 4,30% para o fechamento de 2024.