IPCA cai 0,11% em agosto
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,11% em agosto, após alta de 0,26% em julho. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,15% no ano e de 5,13% nos últimos 12 meses. O IPCA de agosto veio acima da projeção dos analistas, que estimavam recuo de 0,15% na variação mensal e alta de 5,10% na base anual.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, cinco registraram queda nos preços, com destaque para os três grupos de maior peso no índice, que juntos impactaram o IPCA em -0,30 ponto percentual. O grupo Habitação recuou 0,90%, contribuindo com -0,14 ponto percentual, principalmente devido à queda de 4,21% da energia elétrica residencial, que exerceu o maior impacto individual no índice (-0,17 p.p.).
O grupo Alimentação e bebidas caiu 0,46%, exercendo impacto de -0,10 ponto percentual, influenciado pela queda de 0,83% na alimentação no domicílio. Entre os principais itens, destacam-se os recuos do tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%).
O grupo Transportes caiu 0,27%, impactando o índice em -0,06 ponto percentual, refletindo a queda nos combustíveis (-0,89%) e a redução das passagens aéreas (-2,44%). Além desses, os grupos Comunicação e Artigos de residência registraram leve queda de 0,09% cada.
Do lado das altas, destacam-se os grupos Educação (0,75%; 0,05 p.p.), Vestuário (0,72%; 0,03 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,54%; 0,07 p.p.) e Despesas pessoais (0,40%; 0,04 p.p.), que exerceram influência relevante sobre o resultado do índice, mesmo diante das quedas registradas em outros grupos.
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (08), projeta o IPCA em 4,85% para o fechamento de 2025.