Comparativo
Janeiro: 0,42%
Dezembro: 0,56%
Novembro: 0,28%
Últimos 12 meses: 4,51%
O resultado do mês ficou acima das projeções de mercado, que estimava uma inflação de 0,34% na comparação mensal e de 4,42% em 12 meses.
Maiores impactos positivos:
Alimentação e bebidas: 0,29 p.p.
Saúde e cuidados pessoais: 0,11 p.p.
Maior impacto negativo:
Transportes: -0,14% p.p.
IPCA de janeiro tem alta de 0,42%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro apresentou um aumento de 0,42%, ficando 0,14 p.p. abaixo da taxa registrada em dezembro (0,56%). O resultado superou as expectativas, uma vez que o consenso LSEG de analistas estimava uma inflação de 0,34% na comparação mensal e de 4,42% no acumulado de 12 meses.
Durante o mês, sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o indicador registraram alta. A maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 p.p.) foram observados no grupo Alimentação e bebidas, que acelerou em relação ao resultado de dezembro (1,11%). O custo da alimentação no domicílio aumentou 1,81%, enquanto a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em comparação ao mês anterior (0,53%). O aumento nos preços dos alimentos pode ser atribuído principalmente às altas temperaturas e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país, representando a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
O segundo maior impacto no indicador de janeiro foi observado no grupo Saúde e cuidados pessoais. O aumento dos preços está relacionado ao aumento nos valores de higiene pessoal (0,94%), planos de saúde (0,76%) e produtos farmacêuticos (0,70%).
Por outro lado, o grupo de Transportes, o segundo com maior peso no IPCA (20,93%), registrou uma deflação de 0,65% no mês. O resultado foi influenciado pela queda nos preços das passagens aéreas (-15,22%), que haviam aumentado nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, acumulando uma alta de 82,03% nesse subitem nos últimos quatro meses de 2023. Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve uma redução nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular registrou alta de 5,86%.
De acordo com as projeções indicadas no Boletim Focus publicado na última terça-feira (06), espera-se uma inflação de 3,81% para o encerramento de 2024 e de 3,50% em 2025.