INTERNACIONAL
Estados Unidos criam 22 mil vagas de emprego em agosto – Conforme dados publicados pelo Departamento do Trabalho do país nesta sexta-feira (5), os Estados Unidos criaram apenas 22 mil vagas de emprego em agosto, número muito abaixo da expectativa de 75 mil e do resultado revisado de julho, que apontou a abertura de 79 mil postos de trabalho. Em agosto, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, após registrar 4,2% no mês anterior. O dado confirma o enfraquecimento do mercado de trabalho, marcado pelo ritmo mais lento de contratações e pelo aumento do número de desempregados em relação às vagas disponíveis, cenário observado pela primeira vez desde a pandemia. Os números reforçam a aposta de que o Federal Reserve poderá realizar um corte de juros na reunião de 16 e 17 de setembro, mesmo com a inflação ainda acima da meta.
Desemprego na zona do euro recua a 6,2% em julho – Segundo dados divulgados pelo Eurostat nesta segunda-feira (1), a taxa de desemprego da zona do euro caiu de 6,3% em junho para 6,2% em julho, em linha com a expectativa do mercado. Com o resultado, o desemprego atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em 1998, um resultado que também foi observado em novembro de 2024. Conforme o departamento, o total de desempregados passou de aproximadamente 11 milhões em junho para 10,8 milhões em julho, uma redução de cerca de 170 mil pessoas. Entre os jovens de até 25 anos, a taxa também recuou, passando de 14,3% para 13,9%. Entre as maiores economias, Alemanha (3,7%) e Holanda (3,8%) registraram as menores taxas, seguidas por Itália (6,0%), França (7,6%) e Espanha (10,4%).
Kim Jong-un declara apoio à Rússia e apresenta filha como sucessora – No desfile militar realizado em Pequim nesta quarta-feira (3), Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte apoiará totalmente o exército russo, em encontro com Vladimir Putin e Xi Jinping. Foi a primeira vez que os três líderes participaram juntos de um evento, gesto interpretado como fortalecimento do eixo Moscou–Pequim–Pyongyang em meio às tensões com Estados Unidos e Otan. A cerimônia também marcou a primeira aparição internacional de Kim Ju-ae, filha de 12 anos de Kim Jong-un, que acompanhou o pai durante toda a viagem. Sua presença reforçou a mensagem de que o regime já projeta a próxima geração da dinastia norte-coreana.
Putin afirma que parceria com a China vive seu auge histórico – Rússia e China deram novo sinal de aproximação política e econômica, em meio às tensões com os Estados Unidos e a Europa. Em visita a Pequim concluída nesta quarta-feira (3), o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, reforçaram a cooperação estratégica entre os dois países, destacando a solidez da relação declarada logo no início da guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Na época, os chineses foram um dos poucos parceiros de peso a manter e ampliar o comércio com a Rússia, isolada por sanções ocidentais. Xi Jinping afirmou que a parceria bilateral se tornou um exemplo de estabilidade entre grandes potências, capaz de resistir às mudanças no cenário internacional. Putin chamou Xi de “amigo querido” e declarou que a cooperação atingiu o nível mais alto da história. Os dois governos assinaram mais de 20 acordos de cooperação econômica e científica. Entre as medidas foi anunciado o fim da exigência de visto para cidadãos russos que viajem ao país. A agenda foi encerrada com a participação de Putin no desfile que celebrou os 80 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, na Praça da Paz Celestial. O evento reuniu diversos líderes internacionais, entre eles o norte-coreano Kim Jong-un. Em paralelo, o presidente americano, Donald Trump, declarou não ver risco imediato no que chamou de “eixo contra os Estados Unidos”, mas disse estar frustrado com a postura de Putin diante da falta de avanços nas negociações sobre a guerra na Ucrânia.
NACIONAL
Balança comercial registra superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou nesta quinta-feira (4) que a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto, uma alta de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo havia sido de US$ 4,5 bilhões. As exportações somaram US$ 29,9 bilhões, um avanço de 3,9% na comparação anual puxado por petróleo bruto (+18%), soja (+11%) e milho (+17,9%). Já as importações caíram 2% no mesmo período, totalizando US$ 23,7 bilhões. O resultado foi impactado negativamente pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, que reduziram os embarques de café (-10,3%) e carne bovina (-8,5%), apesar da alta nos preços. No acumulado do ano até agosto, o superávit chega a US$ 42,8 bilhões, resultado do avanço de 0,5% nas exportações e de 6,9% nas importações em relação ao mesmo intervalo de 2024.
PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta terça-feira (2), que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, totalizando R$ 3,2 trilhões, em valores correntes. O número representa uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando a expansão foi de 1,3%. Ainda assim, o resultado superou a expectativa do mercado, que estimava alta de 0,3%. Em relação ao mesmo período de 2024, o crescimento foi de 2,2%. O resultado foi sustentado pelo crescimento dos serviços (0,6%) e da indústria (0,5%), que compensaram a queda da agropecuária (-0,1%). Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5%, enquanto o consumo do governo recuou 0,6% e os investimentos caíram 2,2%. As exportações de bens e serviços cresceram 0,7% e as importações caíram 2,9%.
Produção industrial brasileira recua 0,2% em julho – De acordo com os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3), a produção industrial do Brasil caiu 0,2% em julho de 2025 em relação ao mês anterior, em linha com a expectativa do mercado. Foi o quarto mês seguido sem crescimento, acumulando perda de 1,5% desde abril. Na comparação com julho de 2024, houve leve alta de 0,2%. Já no acumulado de 2025 a indústria avançou 1,1% e em 12 meses cresceu 1,9%. O setor segue 15,3% abaixo do nível recorde de maio de 2011, embora ainda esteja 1,7% acima do patamar pré-pandemia. O desempenho negativo foi puxado por 13 das 25 atividades pesquisadas, com destaque para bebidas (-2,2%), metalurgia (-2,3%) e outros equipamentos de transporte (-5,3%). Entre os setores em alta, sobressaíram farmoquímicos e farmacêuticos (+7,9%), produtos alimentícios (+1,1%) e indústrias extrativas (+0,8%).
PMI industrial dos EUA sobe para 53,0 em agosto – Conforme pesquisa final da S&P Global divulgada nesta terça-feira (2), o índice de gerentes de compras (PMI) industrial dos Estados Unidos avançou de 49,8 em julho para 53,0 em agosto, superando a marca de 50 e indicando expansão da atividade após meses em retração. Apesar de ter ficado levemente abaixo da leitura preliminar (53,3), o resultado representou o maior número para o indicador desde maio de 2022. O desempenho foi sustentado pela alta dos novos pedidos e pelo aumento na formação de estoques. Segundo a S&P Global, os estoques de bens acabados cresceram no maior ritmo em mais de um ano, refletindo preocupações com custos e restrições de oferta. As tarifas impostas pelos EUA tiveram impacto relevante, elevando fortemente os preços de insumos e pressionando os preços de venda no setor manufatureiro.
Índice de preços ao produtor recua 0,3% em julho – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (5) que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,3% em julho, após retração de 1,27% em junho, marcando a sexta taxa negativa consecutiva. Com o resultado, o IPP tem queda acumulada de 3,42% em 2025. Já no acumulado em 12 meses até julho, o índice demonstra alta de 1,36%. O resultado foi influenciado principalmente pelo setor de alimentos (-1,33%), que respondeu por -0,33 ponto percentual no índice do mês, seguido por metalurgia (-1,65%) e produtos de metal (-1,54%). Entre os destaques positivos estiveram indústrias extrativas (+2,42%) e perfumaria, sabões e limpeza (+1,41%). Segundo o IBGE, a queda em alimentos foi explicada pelo recuo dos preços do açúcar (-4,31%), em linha com a maior oferta global, e pelo recuo de 6,20% do café devido ao início da nova safra no Brasil. Adicionalmente, todos esses produtos têm as suas quedas intensificadas pela retração do dólar em julho.
Data Referência (01/08/2025 até 07/08/2025)
CDI: 0,28%
Dólar: 0,87%
Ibovespa: -0,04%
IDkA IPCA 2 Anos: -0,04%
IMA Geral ex-C: -0,06%
IMA-B: -0,86%
IMA-B 5: -0,08%
IMA-B 5+: -1,49%
IRF-M: 0,00%
IRF-M 1: 0,27%
IRF-M 1+: -0,16%
S&P 500 (Moeda Original): 0,00%
IPCA+5,62%: 0,21%