Boletim Econômico – 28.03.24

INTERNACIONAL:

 

PIB dos EUA sobe 3,4% no quarto trimestre, acima das expectativas – Segundo dados do Departamento do Comércio do país, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3,4% no quarto trimestre de 2023, na taxa anualizada. O resultado veio acima da estimativa anterior, que indicou expansão de 3,2%. Contudo, o dado reflete uma desaceleração em relação aos 4,9% observados no trimestre anterior. A respeito do PIB em dólares correntes, houve crescimento de 5,1% no trimestre, correspondendo a US$ 346,9 bilhões. No mesmo período, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) expandiu 1,8%, em linha com o projetado. Por fim, a renda pessoal avançou US$ 230,2 bilhões, após uma revisão para cima de US$ 10,7 bilhões em relação à estimativa anterior.

 

Estoques de petróleo nos EUA sobem 3,165 milhões de barris na semana – De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), os estoques de petróleo nos Estados Unidos avançaram 3,165 milhões de barris, para 448,207 milhões, na semana encerrada no dia 22. O consenso LSEG de analistas estimava queda de 1,0 milhão de barris. Já os estoques de gasolina cresceram 1,299 milhão de barris, para 232,072 milhões. Os estoques de destilados, por sua vez, apresentaram queda de 1,185 milhão de barris, a 117,337 milhões de barris, quando o mercado estimava alta de 100 mil barris. Entre a semana anterior e a semana encerrada dia 22, a taxa de utilização das refinarias nos EUA expandiu, passando de 87,8% para 88,7%, ante a estimativa de 88,3% projetada pelos analistas.

 

Na China, ministro da Indústria promete ‘alcançar novo tipo de industrialização’ até 2035 – Em discurso nesta segunda-feira (25), o ministro da Indústria e Tecnologia da Informação da China, Jin Zhuanglong, afirmou que o país “alcançará um novo tipo de industrialização até 2035“, com a construção de um sistema industrial moderno liderada pela inovação científica e tecnológica, e apoiada pela manufatura avançada. O ministro também ressaltou que apoiará ativamente a implementação de centros de pesquisa e desenvolvimento financiados por empresas estrangeiras na China, além da aplicação de centros industriais e de tecnologia por empresas domésticas. Com estas medidas, a China objetiva expandir a “abertura de alto nível” internacional, eliminando restrições a respeito do investimento estrangeiro no setor industrial e estimulando a cooperação “mutuamente benéfica” com empresas de diversos países. O processo também buscará aprofundar a cooperação na transformação digital e verde da indústria, através da construção de indústrias inteligentes e manufatura de baixo carbono.

 

FMI: envelhecimento populacional, falta de investimento e burocracia são desafios para Alemanha – O Fundo Monetário Internacional (FMI), em artigo publicado nesta quarta-feira (27), discorreu sobre o envelhecimento da população, a falta de investimentos e o excesso de burocracia estarem se apresentando como “desafios reais” para a Alemanha. Conforme o texto, o país “enfrenta alguns desafios econômicos sérios” que não estão recebendo a devida atenção. Além disto, para sanar estas questões, a Alemanha necessitaria de “reformas ambiciosas”. A Alemanha é a maior economia da Europa, contudo, enfrenta dificuldades e foi a única do G7 a retrair em 2023. Neste ano, o país deve ser o que menos crescerá no grupo, acrescenta o FMI. A instituição afirma ainda que a fraqueza econômica do país reflete uma combinação de fatores temporários, como o corte de gastos de consumidores e os juros mais altos do Banco Central Europeu (BCE), e questões mais estruturais, que exigem políticas, como o envelhecimento da população.

 

S&P reafirma rating do Japão em ‘A+/A-1’, com perspectiva estável – A S&P Global Ratings, agência de avaliação de risco de crédito, manteve a nota de crédito soberano de longo prazo do Japão em ‘A+’, e a de curto prazo em ‘A-1’. Conforme a agência, a expectativa é de que a recente mudança da política monetária implementada pelo Banco do Japão (BoJ), ao elevar os juros pela primeira vez em 17 anos, gere um impacto limitado na economia, de forma que o país mantenha um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Além disso, a S&P destacou que “a economia diversificada e rica do Japão, bem como o estatuto de moeda de reserva flutuante do iene, sustenta a posição de crédito do governo. Estes pontos fortes são equilibrados com o peso da dívida extremamente elevada do governo, os déficits fiscais arraigados e os crescentes custos de financiamento“.

 

NACIONAL:

 

IGP-M tem deflação de 0,47% em março – Conforme dados divulgados nesta quarta-feira (27) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,47% em março, retraindo de forma mais branda em comparação ao mês de fevereiro, quando recuou 0,52%. A deflação foi maior que a estimada pelo consenso LSEG de analistas, que projetava uma retração de 0,22%. Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,91% no ano e de -4,26% nos últimos 12 meses. Em relação aos índices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) retraiu 0,77%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,29% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,24%.

 

IPCA-15 desacelera para 0,36% em março – Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,36% em março, desacelerando em relação à alta de 0,78% em fevereiro. O indicador acumula 4,14% em doze meses. Dos nove grupos pesquisados, cinco registraram alta em março, com destaque para Alimentação e bebidas, que subiu 0,91% e impactou o índice geral em 0,19 p.p.. O segundo grupo que mais corroborou para a alta do indicador foi Transportes, registrando elevação de 0,43% e impactando em 0,09 p.p. o índice geral.

 

Brasil cria 306,1 mil vagas formais de emprego em fevereiro, acima do esperado – Segundo dados do Novo Caged, disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (27), em fevereiro o Brasil gerou um saldo positivo de 306.111 vagas de trabalho com carteira assinada. O dado veio acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava a criação de 245 mil vagas líquidas. Houve 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos no período. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o saldo é de 474.614 empregos, resultado de 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos. O resultado de fevereiro foi o terceiro melhor da história no que se refere à criação de empregos formais, ficando atrás apenas do número de vagas geradas no mesmo período em 2021 e 2022.

 

Ata do Copom: BC buscou mais flexibilidade ao mudar sinalização de juros – Conforme Ata da reunião do Copom realizada nos dias 19 e 20 de março e divulgada nesta terça-feira (26), o Comitê decidiu reduzir, pela sexta reunião consecutiva, a taxa básica de juros em 0,50 p.p., para 10,75% ao ano. O Comitê reforçou que “cumpriu seu papel de coordenar as expectativas, aumentar a potência de política monetária e reduzir a volatilidade”. O Copom ressaltou mais uma vez que a extensão do ciclo ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação, sobretudo de maior prazo, bem como de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos. Por fim, o Comitê destacou que “continuará incorporando os dados do mercado de trabalho em sua análise sem uma visão mecânica ou definitiva sobre quaisquer impactos ou relações. O Comitê seguirá atento à dinâmica dos rendimentos nas diversas pesquisas para melhor avaliar o grau de ociosidade no mercado de trabalho e seus potenciais impactos sobre a inflação de serviços.

 

Relatório de inflação do Banco Central revisa PIB para 2024 – Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RIT) divulgado nesta quinta-feira (28), a projeção para o PIB de 2024 foi revisada de 1,7% para 1,9%, considerando uma atividade econômica mais intensa que a estimada no primeiro trimestre de 2024. A nova projeção se encontra em linha com o estimado pelo mercado. De acordo com o documento, a previsão de crescimento para o consumo das famílias foi mantida em 2,3%. A expectativa de consumo do governo, por sua vez, subiu de 1,1% para 1,9% e a estimativa da formação bruta de capital fixo expandiu de 1% para 1,5% em relação à projeção anterior. No que se refere à inflação, o Banco Central verificou que houve uma elevação dos preços administrados e de alimentos, maior do que a esperada. Contudo, a expectativa é que a inflação encerre em 3,5% em 2024 e fique em 3,2% em 2025.

 

Contas do Governo em fevereiro tem pior resultado para o mês em 28 anos – De acordo com os dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (26), em fevereiro, as contas do Governo Federal registraram déficit primário de R$ 58,44 bilhões, o maior para o mês desde o início da série histórica em 1997, revelando o pior resultado em 28 anos, em termos reais. No acumulado do primeiro bimestre do ano, as contas do governo registraram superávit primário de R$ 20,94 bilhões.

 

Data Referência (22/03/2024 a 27/03/2024)

CDI: 0,16%

Dólar: 0,10%

Ibovespa: -0,37%

IDkA IPCA 2A: 0,28%

IMA-B: 0,29%

IMA-B 5: 0,24%

IMA-B 5+: 0,34%

IMA Geral Ex-C: 0,18%

IRF-M: 0,09%

IRF-M 1: 0,17%

IRF-M 1+: 0,06%

S&P 500: 0,13%

IPCA + 5,25%: 0,13%